A insônia entre os idosos pode estar ligada à qualidade do sono, e não duração.

Relatos de insônia são comuns entre os idosos, mas um novo estudo descobriu que os problemas do sono podem ter origem na qualidade do descanso e não na quantidade total de sono. Estima-se que 30% dos adultos já tiveram algum sintoma de insônia, que inclui dificuldade em adormecer, permanecer dormindo ou acordar muito cedo e depois não se sentir bem descansado durante o dia.

O novo estudo descobriu que a percepção do sono nos idosos nem sempre coincide com o que está realmente acontecendo quando uma avaliação mais objetiva é usada para monitorar padrões e comportamentos do sono. As medições do estudo mostraram que a maior parte dos adultos mais velhos tem quantidades suficientes de sono.

Mesmo que problemas de sono relatados sejam comuns entre os indivíduos mais velhos, de acordo com o levantamento apenas cerca de 13% dos adultos mais velhos disseram que raramente ou nunca se sentiram descansados ao acordar pela manhã. Cerca de 12% relataram muitas vezes ter dificuldade em adormecer, 30% indicaram que regularmente tinham problemas com acordar durante a noite e 13% relataram problemas com acordar muito cedo e não ser capazes de adormecer novamente a maior parte do tempo.

Um outro achado inesperado para os pesquisadores foi que os entrevistados que relataram acordar com mais frequência durante a noite tinham mais tempo total de sono. "Isto sugere que a questão sobre o descansar pode estar relacionada a outros aspectos da saúde dos idosos ou ligada às experiências psicológicas", disse Linda Waite, autora do estudo, conduzido pela Universidade de Chicago, nos EUA, com 727 participantes.

"Nossos resultados sugerem que os relatos do que parecem ser problemas de sono específicos podem ser vistos com mais precisão como indicadores de problemas gerais ou insatisfação com o sono, devido a outros problemas em suas vidas que afetam o seu bem-estar geral", explica Waite.