A Maldição da Residência Hill e a Psicologia

Já assistiu "A Maldição da Residência Hill"? A nova série de terror da Netflix, criada por Mike Flanagan, é uma super opção pro feriado de quem adora uma série cheia de questões psicológicas. Vou cuidar bastante para não dar nenhum spoiler e focar no que quem se interessa por Psicologia vai observar.

Vamos começar pelo medo? A série tem um cenário sombrio, cheio de criaturas fantasmagóricas que nem sempre são percebidas mas que podem causar desconforto em quem está assistindo, pois nunca se sabe quando essas criaturas vão surgir. Detalhe: nem sempre tem aquela musiquinha de aviso para a gente se preparar, às (várias) vezes o susto vem do nada! Ou seja, os efeitos que "criam" o medo são muitas vezes sutis e sempre muito bem colocados. Quem trabalha com crianças pode observar como os pais agem com os pequenos nas situações de medo ou em naquelas que precisam de cuidado e orientação.

Os episódios não seguem uma ordem cronológica. A história inicia com a mudança da família para uma casa e passa por um salto no tempo. Depois, a narrativa vai e volta, passa por diferentes situações temporais que contam mais sobre cada um dos 5 filhos e dos pais.

No decorrer dos episódios encontramos uma mãe sobrecarregada que tenta dar conta dos filhos e das situações em que vivem.  Aos poucos ela adoece, chegando até o principal momento da série... (shiiiu, não vou contar!)

O contexto familiar é envolvido por transtornos psicológicos que acompanham os filhos no passar dos anos, como abuso de drogas, depressão, esquizofrenia, evitação e outros que você vai descobrir ao logo da história. Também é possível observar nos filhos as cinco fazer do luto: Steven e a negação, Shirley e a raiva, Theo e a barganha, Luke e a depressão e Nell e a aceitação.

Este foi um resumo muito, muito simples de tudo que se pode perceber na série.
Minha recomendação é: vai fazer nada no feriado, assista!
Para psicólogos e estudantes de psicologia, essa experiência será um banquete!
E depois vem contar o que você achou, vamos trocar ideias!

por Jucieli Gomes - psicóloga técnica da Sinopsys