Comportamento de Apego em Adultos - Sinopsys Editora
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Comportamento de Apego em Adultos

Comportamento de Apego em Adultos

31 de Maio de 2021

Embora grande parte dos estudos sobre a Teoria do Apego se concentre nas primeiras relações parento-filiais estabelecidas, especialmente entre mães e bebês, a necessidade de uma figura de apego não se limita às crianças. Ela se estende a qualquer faixa etária, inclusive à fase adulta.

Conforme o psiquiatra inglês John Bowlby, há evidências de que os seres humanos de todas as idades são mais capazes de desenvolver suas habilidades quando estão seguros de que podem contar com a ajuda de uma ou mais pessoas caso surjam dificuldades.

Nesse mesmo sentido, estudiosos apontam que, quando a criança constrói um modelo interno da figura de apego, há uma tendência estável de buscar contato e proximidade com o mundo e as pessoas que a cercam ao longo da vida.

Isso porque esse modelo poderá ser reativado em situações posteriores, no estabelecimento de laços afetivos, permitindo a proximidade e o contato com outras pessoas por meio do sentimento de confiança já desenvolvido e considerado elemento central para a vinculação.


RELACIONAMENTOS ROMÂNTICOS


No final dos anos 1980, seguindo os estudos de John Bowlby e Mary Ainsworth, os psicanalistas norte-americanos Cindy Hazan e Phillip Shaver aplicaram a Teoria do Apego a relacionamentos românticos.

Eles perceberam que as interações entre parceiros românticos adultos compartilham similaridades com as interações entre cuidadores e crianças e que os princípios fundamentais da Teoria do Apego aplicam-se em ambos os casos.

Parceiros românticos, por exemplo, desejam estar perto um do outro e se sentem confortáveis quando seus pares estão presentes e ansiosos ou solitários quando eles estão ausentes.

A clínica das emoções


PADRÕES


Assim como na infância, os padrões de vínculo que os adultos criam com outros adultos costumam ser categorizados em quatro principais estilos de apego: apego seguro, apego evitativo, apego ambivalente e apego desorganizado.

Adultos com apego seguro tendem a ter opiniões positivas sobre si mesmos, sobre seus parceiros e seus relacionamentos. Muitas vezes, relatam maior satisfação e harmonia em seus relacionamentos do que pessoas com outros estilos de apego. Pessoas seguramente apegadas sentem-se confortáveis tanto com a intimidade quanto com a independência.

Adultos com apego evitativo desejam um alto nível de independência. Tal desejo frequentemente aparece como uma tentativa de evitar completamente o apego. Eles veem a si mesmos como autossuficientes e invulneráveis a sentimentos associados com estarem intimamente ligados a outros. Muitas vezes negam necessitar de relações íntimas.

Adultos com apego ambivalente buscam altos níveis de intimidade, aprovação e receptividade de seus parceiros. Muitas vezes, valorizam a intimidade a tal ponto que se tornam excessivamente dependentes de seus parceiros. Frequentemente duvidam de seu valor e se culpam pela falta de receptividade de seus parceiros.

Já os adultos com apego desorganizado têm sentimentos mistos sobre relacionamentos íntimos. Por um lado, desejam ter relações emocionalmente íntimas. Por outro, tendem a se sentir desconfortáveis com a intimidade emocional. Esses sentimentos mistos são combinados com opiniões negativas sobre si mesmos e seus parceiros.

A clínica do apego
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Tags

Teoria do Apego, Apego Seguro, Apego Evitativo, Apego Ambivalente, Vínculo

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