Mitos e verdades sobre os transtornos alimentares
17 de Maio de 2022
Há vários mitos e verdades sobre os transtornos alimentares. Embora eles não sejam recentes na história da psicopatologia, o fenômeno da internet difunde informações que, em outras épocas, não se tinha acesso.
Com isso, há muitas fontes ilegítimas que contribuem negativamente para o desfecho de tais distúrbios. Sendo assim, é preciso estar muito atento e buscar fontes seguras.
Um dos mitos que dizem respeito aos transtornos alimentares é o de que pessoas com a doença não parecem saudáveis e estão abaixo ou acima do peso.
Em alguns casos, no entanto, elas não estão nem abaixo nem acima do peso e aparentam ter uma vida normal. Em geral, escondem os sintomas por vergonha ou por não considerarem que seus comportamentos são problemáticos.
CONFLITOS EMOCIONAIS
Outro mito sobre os transtornos alimentares é o de que a fome faz a pessoa comer compulsivamente e não os conflitos emocionais.
Também entre os mitos sobre os transtornos alimentares, está o de que parar de comer ou provocar vômitos são escolhas pessoais.
No entanto, os comportamentos de compulsão alimentar ou de vômito autoinduzido fazem parte do transtorno e não são escolhas conscientes.
Para essas pessoas, é muito difícil controlar os impulsos relacionados com esses comportamentos, o que causa grande sofrimento e prejuízo à sua vida.
RISCOS À SAÚDE
Mais um mito preocupante sobre os transtornos alimentares é o de que eles não oferecem risco de morte. Na verdade, eles são graves e podem levar a óbito se não tratados a tempo de intervir nas condições de risco.
Dos pacientes diagnosticados, 15% morrem. Além disso, o distúrbio pode contribuir para o risco aumentado de suicídio.
Outro mito em torno dos transtornos alimentares é o de que os profissionais da saúde são os maiores aliados ao longo do tratamento dos pacientes, que não devem contar com a família e os amigos durante sua recuperação.
Muitas vezes, a família desconhece a gravidade da doença e sequer reconhece os sintomas como problemáticos. Por isso, é trabalho dos integrantes da equipe multidisciplinar de saúde informá-la e engajá-la no tratamento desses pacientes.
O objetivo é que familiares e amigos passem a entender os comportamentos que fazem parte da doença e atuem como vigilantes, a fim de prestar o suporte emocional de que esses indivíduos necessitam.
LANÇAMENTO
O livro "O que você precisa saber sobre transtornos alimentares e tem medo de perguntar", de autoria das psicólogas Fernanda Pasquoto de Souza, Gisele Iesbich Vargas e Margareth da Silva Oliveira, foi recentemente lançado pela Sinopsys Editora.
Parte da coleção "O que você precisa saber e tem medo de perguntar", que busca explicar aspectos relacionados a transtornos mentais para não especialistas, a obra esclarece dúvidas tanto para profissionais quanto para pacientes, familiares e pessoas que, de alguma forma, têm envolvimento com transtornos alimentares.
Para uso clínico e familiar e direcionada à faixa etária a partir dos 18 anos, a publicação caracteriza-se por sua linguagem clara, objetiva e acessível a todos que tenham interesse em entender um pouco mais sobre o assunto.