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Qual o futuro da psicologia cognitiva experimental?

Qual o futuro da psicologia cognitiva experimental?

01 de Março de 2023

Três possibilidades amplas para o futuro da psicologia cognitiva experimental são vislumbradas. Uma delas é de que as neurociências poderão absorvê-la.


Tal hipótese está relacionada à pressão cada vez mais forte que a psicologia cognitiva sofre de um processo de naturalização da mente uma vez que os métodos de estudo do cérebro estão cada vez mais desenvolvidos.


Contrariamente ao que pensam os eliminativistas, seria mais razoável supor um diálogo maior entre a psicologia e as neurociências. Esse diálogo, embora incipiente, começou a ocorrer até mesmo entre os psicoterapeutas de base cognitiva e os psiquiatras no que diz respeito à associação de fármacos e psicoterapia.



NOVA CIÊNCIA


Outra hipótese é a de que a psicologia cognitiva se juntará à abordagem computacional/inteligência artificial, formando uma nova ciência cognitiva unificada.


Essa ideia encontra ecos nas concepções apresentadas do conexionismo na medida que esses pressupõem a capacidade não só de explicar a cognição de uma outra maneira, não representacional, mas também porque pressupõem a possibilidade de criar agentes artificiais que interagem com o mundo numa maneira bottom-up (de baixo para cima). Resta saber como ficam os processos cognitivos superiores.


O racionalismo das abordagens computacionais, embora favorável como gerador de modelações que venham a ajudar na construção de teorias cientificamente válidas, pode ser enriquecido pela experimentação, bem como pelos dados oriundos via estudos naturalísticos.


Não basta reduzir os processos cognitivos humanos a um conjunto de regras abstratas. É preciso verificar, antes de mais nada, que o sistema cognitivo humano atua num meio e, como tal, explicações racionais sozinhas não dão conta de explicar as peculiaridades do comportamento/cognição em situações naturais.


Além disso, comparar máquinas a seres humanos seria um problema de difícil resolução (a não ser do ponto de vista funcional), visto que as propriedades de uma mente com substrato biológico devem, pelo menos por princípio, ser diferentes das de uma mente de silício.



ABORDAGENS ECOLÓGICAS


E uma terceira hipótese vislumbrada é a de um crescimento cada vez maior das abordagens ecológicas, em que o estudo da mente possa prescindir das representações mentais ou pode ser reelaborado a partir de uma concepção de base mais fenomenológica.


Aqui é preciso fazer uma distinção: há um problema de origem metodológica representado pelos que defendem o estudo da cognição em ambientes naturais e um problema epistemológico originário do questionamento da relação cognição e mundo (o problema da representação mental).


Os teóricos da memória que defendem o estudo da cognição em situações naturais não necessariamente estão falando de cognição não representacional, embora esse tipo de estudo mantenha relações com a ideia de cognição situada/corporificada na medida que os estudos naturalísticos possam fornecer novos insights sobre a relação mente e mundo.


E os teóricos da ação-cognição situada estão preocupados com a possibilidade de que os sistemas representacionais possam não ser necessariamente o caminho pelo qual ocorrem os processos cognitivos.


Algumas formas de cognição (geralmente as de baixo nível) podem prescindir dessa noção uma vez que o ambiente pode fornecer elementos suficientes para se tomar decisões em certas situações.



LIVRO


Temas em ciências cognitivas e representação mental

O livro “Temas em ciências cognitivas e representação mental”, organizado pelo psicólogo Ederaldo José Lopes e publicado pela Sinopsys Editora, apresenta uma discussão sobre aspectos históricos e epistemológicos na constituição da psicologia cognitiva e na sua sobrevivência a partir das relações travadas com os vários campos de estudos da mente, como a inteligência artificial, as neurociências e a filosofia da mente.


Os textos desta densa obra, escritos por autores nacionais e do exterior, vêm dar fôlego ao campo interdisciplinar e moderno das ciências cognitivas e da filosofia da mente na discussão sobre o tema da representação mental.


Tema central da psicologia cognitiva, a representação constitui-se, nos dias de hoje, numa área fronteiriça, inquietante para filósofos e cientistas, com importantes derivações que permitem ultrapassar o velho dualismo cartesiano.


Trata-se de uma obra ímpar, original e que serve de aprofundamento para psicólogos, filósofos, cientistas da computação e neurocientistas que se arvoram nessa odisseia chamada mente.


Temas em Ciências Cognitivas e Representação Mental

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Tags

Psicologia cognitiva, neurociências, inteligência artificial, IA, cérebro, ciências cognitivas, representação mental.

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