Morte escancarada: acidentes, desastres, homicídios e suicídios - Sinopsys Editora
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Morte escancarada: acidentes, desastres, homicídios e suicídios

Morte escancarada: acidentes, desastres, homicídios e suicídios

24 de Junho de 2022

A morte escancarada é brusca, repentina e involuntária. Sua característica invasiva não permite previsibilidade e dificulta a proteção e o controle de suas consequências. As pessoas ficam expostas e sem defesas.

Nesse tipo de morte, não há espaço para comunicação, contrastando com a morte resultante do adoecimento, que permite um tempo de preparação para viver sem a pessoa querida.

Brutal, a morte escancarada é exemplificada pela morte violenta das ruas, pelos acidentes, desastres, homicídios, latrocínios, chacinas, guerras e também pelos suicídios.

Leva esse nome porque acontece nas ruas, na frente de quem estiver próximo, sem máscaras ou anteparos, diante de pessoas de todas as idades, inclusive crianças e adolescentes, sem poupar ninguém.



BANALIZAÇÃO


A morte escancarada é constantemente veiculada pelos órgãos de comunicação, como televisões, jornais e redes sociais, que apresentam a violência urbana, os desastres e as guerras.

Ao trazerem as cenas de guerra ou guerrilha urbana, com acidentes e homicídios, os veículos de comunicação podem apresentar a ideia de que a violência é natural.

Essas imagens impressionantes, que prendem o público, têm como característica comum a força de despertar vários sentimentos, sem espaço para reflexão e elaboração.

Trata-se de uma forma de banalizar a morte, que é vista como natural e que nada pode ser feito.


CONSUMO


A morte escancarada mostra a morte diretamente, mas também apresenta um distúrbio de comunicação, porque não se fala sobre o tema e o foco está principalmente no espetáculo.

Esse espetáculo aumenta a audiência dos veículos de comunicação, trazendo o fascínio pelas cenas de impacto. É o consumo da morte.

A ideia não é que as notícias não devam ser veiculadas. O que acende o alerta é o fato de transformar essas mortes em espetáculos. A questão é encontrar a melhor maneira de informar, esclarecer e trazer reflexão.

Há vários filmes que abordam o tema morte de uma forma mais humana e pessoal, tratando sobre os conflitos e os dilemas das guerras, da violência, dos acidentes e do suicídio.


LIVRO


Educação para a morte: quebrando paradigmas
O assunto morte escancarada é aprofundado no livro "Educação para a morte - Quebrando paradigmas". De autoria da psicóloga Maria Julia Kovács e publicada pela Sinopsys Editora, a obra apresenta uma base para a contextualização da educação para a morte.

Tem como objetivo subsidiar trabalhos em instituições de saúde, escolares, residenciais para idosos e tantas outras em que o tema se faz presente no cotidiano. Trata-se da busca de autoconhecimento e de sentido da vida a partir do que a morte ensina.

A publicação é indicada para estudantes e profissionais de diferentes áreas, como psicologia, medicina, enfermagem, nutrição, fisioterapia, terapia ocupacional, educação e assistência social.

Maria Julia é professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP), fundadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte (LEM) do IPUSP e coordenadora do projeto Falando de Morte (filmes didáticos).

Educação para a morte - Quebrando paradigmas
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Tags

Educação para a morte, morte escancarada, homicídio, suicídio, vulnerabilidade, consumo da morte, violência urbana, distúrbio de comunicação, banalização

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