Suas intervenções em TCC estão alinhadas com a psicodinâmica do paciente? - Sinopsys Editora
0
Suas intervenções em TCC estão alinhadas com a psicodinâmica do paciente?

Suas intervenções em TCC estão alinhadas com a psicodinâmica do paciente?

01 de Dezembro de 2021

A utilização das técnicas para intervenções em terapia cognitivo-comportamental (TCC) vai além de saber quais são e como funcionam. Com tantas disponíveis, os psicólogos que trabalham com essa abordagem precisam de muito conhecimento e responsabilidade para fazer um manejo clínico de qualidade.

Afinal, não basta conhecer as opções, é preciso saber identificar a utilidade delas em cada sessão, assim como perceber se o paciente está em condições de trabalhar com elas. Por isso, além do conhecimento teórico, a capacidade de compreender as demandas trazidas pelos pacientes e a vivência de cada um deles é fundamental.

Uma técnica pode perder sua validade e até mesmo atrapalhar o processo terapêutico caso não seja utilizada em um momento adequado ou o paciente não consiga lidar com a mesma. É preciso considerar, ainda, as especificidades do atendimento, porque é diferente atender adultos, crianças, casais, famílias ou demais grupos terapêuticos.


ESTUDO


Para desenvolver sua capacidade de análise, é muito útil que, além do que aprendeu na graduação em psicologia, o profissional busque conhecimento em outras áreas. Dominar a psicopatologia e os modelos integrativos (biológico, cognitivo, comportamental e social), por exemplo, é indispensável para um bom terapeuta na TCC. Isso gera a necessidade de estudar elementos da psiquiatria e das ciências cognitivas.

Também é fundamental nas intervenções em terapia cognitivo-comportamental que os psicólogos construam vínculos sólidos com os pacientes e observem com atenção todo o processo clínico. Dessa forma, fica mais fácil analisar as demandas e perceber quando determinada técnica pode ser utilizada para agregar à psicoterapia.


FORMULAÇÃO DE CASOS


Outra habilidade que o psicólogo precisa dominar é a da formulação de casos, uma ferramenta essencial para a escolha das intervenções em terapia cognitivo-comportamental e para o andamento de todo o processo terapêutico.

Trata-se de um método e uma estratégia clínica para elaborar uma descrição do problema atual do paciente, uma compreensão de seus padrões mal-adaptativos, uma teoria sobre o porquê e como esses padrões se desenvolveram, bem como hipóteses de quais processos estão mantendo esses padrões ativos.

Em outras palavras, é a descrição minuciosa e aprofundada do modo como o indivíduo funciona na vida e as razões que o levaram à psicoterapia. Tem a função de guiar o terapeuta sobre como deve agir com aquele determinado paciente.

Além disso, antecipa os possíveis problemas e obstáculos no processo terapêutico, orientando o foco do tratamento. Também tem como funções reforçar a aliança terapêutica - por meio de um trabalho produtivo e da relação colaborativa - e preparar o paciente para o término da terapia.

É, portanto, um modelo necessário e um direcionamento a ser seguido ao longo de todo o processo terapêutico, de forma a otimizar e/ou potencializar as ações e estratégias clínicas.

Se a formulação de caso tiver embasamento frágil, as intervenções em terapia cognitivo-comportamental podem ser escolhidas e colocadas em prática de forma vaga, imprecisa e desastrosa, representando um prejuízo tanto para o trabalho do terapeuta como, principalmente, para o bem-estar do paciente.


Guia prático de formulação de casos em terapia cognitivo-comportamental
Quer saber mais e melhorar sua habilidade de formulação de casos para ter um atendimento de ótima qualidade e bem fundamentado? Conheça o livro da editora Sinopsys "Guia prático de formulação de casos em terapia cognitivo-comportamental".

Este guia prático apresenta modelos de formulação de casos clínicos sob o enfoque da terapia cognitivo-comportamental. Embora exista algum acordo sobre seus elementos comuns, o conteúdo e a forma de apresentação dos diversos tipos de formulações são variáveis. Formulações que respeitam a individualidade orientam um plano de tratamento, e intervenções individualizadas são éticas, inclusivas e mais eficazes.


Esta é uma obra que busca dar conta da ausência bibliográfica nacional acerca do assunto tratado ou, pelo menos, dar início as produções e/ou traduções de bibliografia que o abranjam e levem em consideração a realidade brasileira.

Leia a prévia do Primeiro Capítulo do livro aqui.
Outras do Blog

Tags

Formulação de Casos, manejo clínico, identificação, especificidades, psicopatologia, modelos integrativos, psiquiatria, ciências cognitivas.

Mais

Vistos

Receba promoções
e lançamentos

Este site usa cookies

Nós armazenamos dados temporariamente para melhorar a sua experiência de navegação e recomendar conteúdo de seu interesse.
Ao utilizar nossos serviços, você concorda com nossos termos e condições.
     
Item adicionado ao seu carrinho, o que deseja fazer agora?