Na psicologia, há diferentes definições para autoestima, que, em linhas gerais, tem a ver com a forma como uma pessoa enxerga e valoriza suas próprias características e competências. Por sua vez, autoaceitação envolve abraçar tudo o que se é, sejam pensamentos, emoções, falas, ações, traços de personalidade, qualidades e defeitos.
Quem se aceita por completo está em paz com todos esses elementos. Consequentemente, possui autoestima elevada e amor-próprio. Por outro lado, quando a pessoa é incapaz de se aceitar como é, tem uma opinião negativa sobre si mesmo. Consequentemente, cultivar uma autoestima saudável e se amar se transformam em desafios.
Portanto, da infância à vida adulta, a autoestima de cada um dependerá de um exercício diário de reconhecimento e balanço dos seus pontos fortes e fracos na busca de projetos em sintonia com seus gostos pessoais e ganhos em sua autonomia.
INÍCIO DA CONSTRUÇÃO
A autoestima começa a ser construída na etapa final da infância, entre os sete e os dez anos de idade, quando o cérebro alcança um certo nível de amadurecimento.
Nessa fase, a criança se torna capaz de recuperar memórias da sua história pessoal e de olhar para si, reconhecendo seus sentimentos, pensamentos e suas competências e entendendo que as outras pessoas têm pontos de vista diferentes dos dela.
Essas novas habilidades a levam a compreender que ela é boa em algumas coisas e ruim em outras, a fazer comparações de suas características físicas e desempenho com as características e desempenhos dos outros.
Também é nessa fase que as pessoas começam a ter sentimentos autodirigidos, como culpa, orgulho e vergonha.
PAPEL DOS ADULTOS
A maneira como os pais ou outros responsáveis e os educadores lidam com a garotada é fundamental na construção de sua autoestima e autoaceitação.
Importante ressaltar, no entanto, que elogiar a criança o tempo todo não elevará sua autoestima. Ao contrário, poderá gerar uma necessidade extrema de aprovação e levá-la a só fazer aquilo que faz bem para ser aceita.
O que realmente ajuda os pequenos a se autoaceitarem e a terem autoestima elevada é fazê-los acreditarem em suas capacidades e potencialidades e ensiná-los a lidar com seus fracassos e suas dificuldades.
Também é importante que eles entendam que todo mundo tem qualidades e defeitos, dons e limitações, e que cada um é um e ninguém é melhor que ninguém: todos são passíveis de acertos e erros. E o que realmente importa é que cada um faça o melhor que consegue fazer.
LITERATURA
Ao apresentar a visão monocular e a partilha de experiências por meio da história de várias crianças em um grupo terapêutico mediado por uma psicóloga, a obra, publicada pela Sinopsys Editora, busca facilitar a compreensão da deficiência para crianças e adultos.
Durante os encontros, os pacientes expõem seus anseios e medos e são apresentadas as possibilidades de enfrentamento e superação da deficiência por meio das interações com os colegas.
A partir da identificação das distorções cognitivas, eles podem se conectar com suas emoções, seus pensamentos e seus comportamentos, facilitando a busca de sentidos e a ressignificação das situações vivenciadas em decorrência do comprometimento visual.
Direcionado a crianças de 6 a 12 anos em atendimentos clínico individual ou em grupo, o livro também pode ser lido por pais e professores em contextos familiar e escolar.
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