A fobia social e a produção de serotonina - Sinopsys Editora
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A fobia social e a produção de serotonina

26 de Agosto de 2015

Estudos anteriores levaram pesquisadores a acreditar que os indivíduos com transtorno de ansiedade social/fobia social têm níveis muito baixos do neurotransmissor serotonina. Um novo estudo realizado pela Universidade de Uppsala, no entanto, demonstrou o oposto. Os indivíduos com fobia social, no estudo, produzem mais serotonina. Quanto mais eles produzem serotonina, mais ansiosos estão em situações sociais.
A fobia social é comumente medicada usando compostos Inibidores Seletivos de Receptação de Serotonina (ISRS). Estes alteram a quantidade do neurotransmissor serotonina no cérebro. Com base em estudos anteriores, acreditava-se que os indivíduos com fobia social portavam muito pouca serotonina e que os ISRS aumentavam a quantidade de serotonina disponível. Em um novo estudo publicado na revista científica JAMA Psychiatry , os pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade de Uppsala, na Suécia, mostraram que indivíduos com fobia social, na verdade, produzem muita serotonina.

A equipe de investigação, liderada pelos professores Mats Fredrikson e Tomas Furmark, utilizou uma câmera PET (Tomografia por emissão de Pósitrons) e um marcador especial para medir a transmissão do sinal químico de serotonina no cérebro. Eles descobriram que os pacientes com fobia social produziram muita serotonina em uma região responsável pelo medo no cérebro, a amígdala. Quanto mais serotonina produzida, mais ansiosos os pacientes estavam em situações sociais.

Uma célula nervosa, que manda sinais usando serotonina, primeiro descarrega serotonina no espaço entre as células nervosas. O sinal nervoso surge quando a serotonina se liga ao receptor da célula. A serotonina é então liberada do receptor e bombeada de volta à célula original.
"Não somente os indivíduos com fobia social produzem mais serotonina do que as pessoas que não são portadoras desse transtorno, como também bombeiam mais serotonina no retorno. "Fomos capazes de mostrar isso em outro grupo de pacientes por meio do uso de um marcador diferente, que mede o mecanismo da bomba. Acreditamos que esta é uma tentativa de compensar o excesso de serotonina ativa na transmissão de sinais", diz Andreas Frick, estudante de doutorado do Departamento de Psicologia da Universidade de Uppsala.

Esta descoberta é um grande salto quando se trata de identificar alterações químicas no cérebro de pessoas que sofrem de ansiedade. Pesquisas anteriores já haviam mostrado que a atividade do nervo na amígdala é maior em pessoas com fobia social e, portanto, que o centro de medo do cérebro é mais sensível. As novas descobertas indicam que um excesso de serotonina é parte da razão subjacente. "A serotonina pode aumentar a ansiedade e não diminuí-la, como foi anteriormente afirmado", diz Andreas Frick.

FONTE: Universidade de Uppsala. (2015, 17 de junho). Individuals with social phobia have too much serotonin -- not too little. Science Daily. Acessado 26 de junho de 2015 a partir de www.sciencedaily.com/releases/2015/06/150617115327.htm

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Tags

Transtornos, Fobia social, Transtornos de ansiedade, Terapia Cognitivo-Comportamental

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