A prática leva à perfeição?
06 de Junho de 2013
Estudo publicado pelo professor Zach Hambrick, da Universidade de Michigan, dos EUA, parece ter encontrado o fim da clássica frase "a prática leva à perfeição". Pelo menos para duas áreas onde esta regra era levada em consideração, o xadrez e a música. Segundo o pesquisador, apenas um número elevado de horas praticando não é a principal fonte para atingir um nível alto de habilidade.
Segundo o autor, outros fatores estão em jogo quando se trata de atingir um nível expert em alguma atividade, por exemplo o talento e outras predisposições. O debate sobre por que e como as pessoas atingem um nível expert de habilidade perdura por séculos. Muitos acreditam que treinamento focado durante milhares de horas é o necessário para atingir esse nível.
Hambrick discorda. "Uma evidencia clara que refuta essa teoria é que algumas pessoas atingem um nível de capacidade sem um número tão elevado de horas de treinamento, enquanto outras falham em chegar neste nível mesmo tendo até mais horas de treino focado."
Foram analisados 14 estudos sobre músicos e horas de treinamento, e o resultado foi que as horas de prática contribuíam para aproximadamente 1/3 da capacidade. Essa diferença também foi encontrada no xadrez.
Os outros dois terços podem ser explicados pelo talento ou capacidade inata de habilidade e ainda a idade na qual a sujeito começou a praticar. Um outro fator decisivo relacionado é a memória de trabalho - que tem alta correlação com a inteligência geral. A alta capacidade de memória de trabalho pode ser um diferencial entre ser bom e ser ótimo em algo.
FONTE: Michigan State University (2013, May 20). Practice makes perfect? Not so much, new researchfinds. ScienceDaily. Retrieved May 23, 2013, fromhttp://www.sciencedaily.com/releases/2013/05/130520163906.htm