Antidepressivos ISRS (inibidores seletivos da recaptação de serotonina) não estão associadas com um risco aumentado de doenças cardiovasculares - Sinopsys Editora
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Antidepressivos ISRS (inibidores seletivos da recaptação de serotonina) não estão associadas com um risco aumentado de doenças cardiovasculares

07 de Outubro de 2016

De acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Nottingham, antidepressivos comumente utilizados, conhecidos como "inibidores da recaptação da serotonina", não estão associados ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, tais como ataques cardíacos e derrames.
Os resultados são significativos pois os antidepressivos são o tipo de medicamento mais comumente prescritos e as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte e incapacidade em todo o mundo.
O estudo foi conduzido pela Divisão de Atenção Básica da Universidade e foi publicado no BMJ. Os pesquisadores examinaram a associação entre diferentes medicamentos antidepressivos e as taxas de três desfechos cardiovasculares em pessoas com depressão.
Prontuários de 238,963 pacientes com idade 20-64 anos com diagnósticos de depressão feitos entre 2000 e 2011 foram analisados utilizando o banco de dados do Reino Unido QResearch. Os pacientes foram monitorados para a ocorrência de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais/ataques isquêmicos transitórios e arritmia, e foram acompanhados até 2012.
Os investigadores analisaram classes de antidepressivos, incluindo antidepressivos tricíclicos e afins, inibidores da recaptação da serotonina e outros tipos, bem como a dosagem e duração do uso. Fatores como idade, sexo, tabagismo, consumo de álcool, co-morbidades e uso de outras drogas foram contabilizados.
A Professora de Estatística Médica na Atenção Básica, Carol disse: "Nosso estudo não encontrou nenhuma evidência de que inibidores seletivos da recaptação da serotonina foram associados com um risco aumentado de arritmia, ataques cardíacos ou acidente vascular cerebral/ataque isquêmico transitório em pessoas com depressão. Mas havia uma duplicação significativa de risco de arritmia durante as primeiras quatro semanas após começar o uso de antidepressivos tricíclicos e afins.".
Ela acrescentou: "Além disso, encontramos algumas indicações de que inibidores seletivos da recaptação da serotonina foram associados com um risco reduzido de ataques cardíacos, particularmente com o uso da fluoxetina. Riscos absolutos de ataques cardíacos eram seis por 10.000 para os inibidores da recaptação da serotonina, mais de um ano e quatro por 10.000 para a fluoxetina em comparação com 10 por 10.000 por falta de uso.". O citalopram, o fármaco mais comumente prescrito entre os pacientes no estudo, não foi associado a um aumento do risco de arritmia, mesmo em doses mais elevadas. 
Os autores dizem que não se pode descartar a possibilidade de um aumento do risco de arritmia em pacientes tomando Citalopram em doses elevadas, pois apenas uma proporção relativamente pequena de prescrições de citalopram (18%) estava tomando altas doses. Eles recomendam que altas doses não devem ser prescritas, particularmente para pacientes com outros fatores de risco.
Este é um estudo observacional, de forma que nenhuma conclusão definitiva pode ser feita entre causa e efeito. No entanto, os autores dizem: "Estes resultados são tranquilizadores à luz das preocupações de segurança recentes sobre inibidores da recaptação da serotonina.".

REFERÊNCIA: University of Nottingham. "SSRI antidepressants not associated with an increased risk cardiovascular conditions." ScienceDaily. ScienceDaily, 23 March 2016. <www.sciencedaily.com/releases/2016/03/160323082225.htm>.

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Tags

Antidepressivos, ISRS, Doenças cardíacas, Depressão, Terapia Cognitivo-Comportamental

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