Como transformar a frustração de fim de ano em oportunidade para o ano que inicia
22 de Dezembro de 2020
Por Marina Marcon e William Fiuza
Autores do Baralho do Medo de Dirigir
Com a chegada do fim do ano, é natural que as pessoas avaliem sua vida e repensem sobre aquilo que querem para si mesmas. Dentro dessas reflexões, o sonho de dirigir pode ser mais um elemento presente.
Quando se tem medo de dirigir, geralmente a culpa e a autocobrança excessiva estão presentes e isso faz com que você foque naquilo que não fez e na ansiedade de não saber por onde começar. Pensamentos como "mais um ano se passou e eu não consegui" podem vir à tona, trazendo muito sofrimento.
Além da dor gerada por esses pensamentos, a ideia de que todos os objetivos traçados precisavam ser atingidos antes de dezembro acaba atrapalhando muito e impedindo que você visualize o que pode fazer a partir de AGORA!
Sempre é tempo de recomeçar, independente da época. Toda a sua trajetória é importante, pois te trouxe até o momento presente. Quando você faz "as pazes" com o passado e se permite compreender que tem o poder de ESCOLHER como irá conduzir a sua vida daqui para frente, se abrirão muitas possibilidades de ações e comportamentos que você poderá se permitir viver. Talvez você possa se fazer uma simples pergunta que tem o poder de mudar o rumo dessa história: qual é o primeiro passo que posso dar?
Quando dividimos uma grande meta em várias etapas, é muito mais possível de iniciarmos essa caminhada (com muito menos ansiedade). Essa exposição gradual ao que traz medo é, inclusive, uma das etapas no tratamento de diversas fobias.
A frequência da direção é importante para que esse comportamento se torne parte da tua rotina á longo prazo, especialmente quando se está aprendendo ou retomando o ato de dirigir. Trabalhar as questões emocionais que te afastam dessa prática e os gatilhos que te geram insegurança poderá te fortalecer emocionalmente para viver esse processo com muito mais leveza e tranquilidade.
Para isso, é importante considerar metas reais (possíveis de serem feitas e que irão trazer motivação, sabendo que o feito é melhor do que o perfeito) e não ideais (que irão trazer frustração e sentimentos de incapacidade, tendo em vista que muitas vezes o ideal envolve autocobrança e não leva em conta o tempo dos processos e que imprevistos não precisam se tornar impedimentos). É válido considerar a sua rotina, tempo disponível e trabalhar a autocompaixão para que você respeite o seu PROCESSO (ninguém desenvolve a direção de uma hora para a outra).
Qual é o primeiro passo que você pode dar em busca do seu sonho de dirigir?