Conheça os meios de comunicação da pessoa com surdocegueira - Sinopsys Editora
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Conheça os meios de comunicação da pessoa com surdocegueira

Conheça os meios de comunicação da pessoa com surdocegueira

18 de Junho de 2021

Os meios de comunicação da pessoa com surdocegueira são diferenciados pelo fato de ela ter dois importantes sentidos sensoriais prejudicados: audição e visão. Dessa forma, os sentidos remanescentes são seus principais recursos para compreender o ambiente e as pessoas à sua volta e ser compreendida.

Cada surdocego tem seu grau de perda auditiva e visual. Sendo assim, há vários graus e níveis de necessidades que requerem formas de comunicação específicas a fim de melhorar sua capacidade de viver de forma independente.

Para desenvolver sua própria forma de comunicação, uma pessoa surdocega precisa utilizar seus sentidos remanescentes, como olfato, paladar e tato, além de seus resíduos auditivos e visuais, se tiver.

O período em que ocorreu a perda da audição e da visão também é importante. No caso, por exemplo, de um surdocego pós-linguístico, que adquire a condição depois da fase de aprendizagem de uma língua, as possibilidades de comunicação se ampliam.

OPÇÕES

A língua de sinais tátil está entre os meios de comunicação da pessoa surdocega. Trata-se de um sistema não alfabético que corresponde à língua de sinais utilizadas tradicionalmente pelas pessoas surdas, mas adaptada ao tato, através do contato das mãos da pessoa surdocega com as mãos do interlocutor.

Por sua vez, a língua de sinais em campo reduzido é utilizada por surdocegos com surdez profunda e baixa visão. Nesse caso, o comunicador precisa estar de frente e adequar o espaço de sinalização ao campo visual do surdocego.

Já o Método Tadoma consiste na percepção da língua oral emitida mediante uso de uma ou das duas mãos da pessoa com surdocegueira. Geralmente o dedo polegar é colocado suavemente sobre os lábios e os outros dedos são mantidos sobre a bochecha, a mandíbula e a garganta do interlocutor.

Criado pela professora norte-americana Sophia Alcorn, esse método também é chamado e leitura labial tátil, na qual a pessoa surdocega sente o movimento dos lábios, bem como as vibrações das cordas vocais, o movimento das bochechas e o ar quente expelido pelo nariz para a produção de sons nasais.

ALFABETO


Ainda entre os meios de comunicação da pessoa com surdocegueira, está a versão tátil do alfabeto datilológico. Nesse caso, em vez de formar letras com diferentes posições dos dedos da mão, o interlocutor faz a letra na palma da mão do surdocego.

Podem ser utilizadas, também, as placas alfabéticas. Fabricados em plástico sólido, as letras e os números são representados em alto relevo. Alguns modelos têm cores contrastantes para auxiliar pessoas com baixa visão. Outros são para pessoas surdocegas que, pelo tato, tocam com o dedo de outra pessoa estabelecendo uma comunicação.

Já as placas alfabéticas em braile são semelhantes às anteriores, mas as letras e os números são em braile. Assim, a pessoa surdocega percebe a mensagem explorando os pontos referentes pelo tato.

A fala ampliada, por sua vez, é um sistema criado para surdocegos que usam aparelho de amplificação sonora. A comunicação é feita por meio da língua oral, ao pé do ouvido e num volume de som mais alto.

E a escrita ampliada, para surdocegos com baixa visão, consiste no aumento do tamanho das letras e no contraste, evidenciando a relação palavra e fundo.

GUIA-INTÉRPRETE


O guia-intérprete é o profissional que domina diversos meios de comunicação da pessoa com surdocegueira, podendo fazer interpretação ou transliteração.

Interpretação é quando o guia-intérprete recebe a mensagem em uma língua e deve transmiti-la em outra língua. Por exemplo, ouve a mensagem em português e transmite em Libras (Língua Brasileira de Sinais) tátil.

Transliteração é quando o guia-interprete recebe a mensagem em uma determinada língua e transmite à pessoa surdocega na mesma língua, porém usa uma forma de comunicação diferente acessível. Por exemplo, ouve a mensagem em português e transmite e braile.

Além de ser um facilitador linguístico e cultural entre os usuários de diferentes línguas ou sistemas de comunicação, o guia-intérprete ajuda a conectar a pessoa com surdocegueira ao seu ambiente, atuando como seus olhos e ouvidos, como seu elo com o mundo.
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Tags

Surdocegueira, Surdez, Cegueira, Linguagem Brasileira de Sinais, Libras

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