Descoberto novo tratamento potencial para a doença de Parkinson - Sinopsys Editora
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Descoberto novo tratamento potencial para a doença de Parkinson

05 de Outubro de 2015

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central que leva o indivíduo a perder o controle de movimentos motores, tais como a capacidade de mover suas mãos, braços e pernas. Atualmente, não há cura ou tratamento que pode retardar ou interromper a doença de Parkinson, que afeta um número estimado de 10 milhões de pessoas em todo o mundo.

Pesquisa pioneira foi publicada recentemente no Proceedings da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos da América (PNAS) on-line, uma revista científica revisada por pares. O projeto de pesquisa multianual foi uma parceria entre o professor Kwang-Soo Kim, do McLean Hospital e Harvard Medical School, nos Estados Unidos, e o professor associado Yoon Ho Sup da Escola de Ciências Biológicas da Universidade Tecnológica de Singapura (NTU).

A equipe de cientistas internacionais descobriu que ativando o Nurr1, uma classe de proteínas encontradas no cérebro, foi protegida a capacidade do cérebro para gerar neurônios de dopamina. A dopamina, vulgarmente conhecida como o produto químico no cérebro que gera sensações de prazer, é um neurotransmissor importante que afeta o controle motor e os movimentos dos músculos do corpo. A doença de Parkinson interrompe a produção de neurônios dopaminérgicos e progressivamente provoca a perda de controle motor.

Em testes laboratoriais, os cientistas descobriram que através da ativação da proteína Nurr1, ratos que tinham a doença de Parkinson parecem melhorar o seu comportamento, bem como deixaram de demonstrar sinais de que sofrem da doença. O professor Yoon afirmou que a equipe tinha rastreado cerca de 1000 medicamentos aprovados pela FDA antes de encontrar duas drogas antimalária trabalhadas: cloroquina e amodiaquina.

"Nossa descoberta traz esperança para milhões de pessoas que sofrem de doença de Parkinson, pois os medicamentos trabalhados nos testes de laboratório já foram utilizados para tratar a malária em pacientes durante décadas", disse o professor Yoon, um especialista em descoberta de medicamentos. "Nossa pesquisa mostra também que as drogas existentes podem ser reutilizadas para tratar outras doenças e uma vez que vários medicamentos potenciais são encontrados, podemos redesenhá-los para serem mais eficazes na luta contra suas doenças-alvo, reduzindo os efeitos colaterais."

O professor Kwang-Soo Kim, um dos maiores especialistas na doença de Parkinson, disse que o padrão atual do tratamento é repor os níveis de dopamina dos pacientes através de medicação, ou mesmo através de um método cirúrgico para estimular profundamente o cérebro por meio de correntes elétricas. "No entanto, estes tratamentos medicamentosos e cirúrgicos tratam os sintomas do paciente, de modo a melhorar as funções de mobilidade nas fases iniciais da doença, mas os tratamentos não podem abrandar ou parar o processo da doença", explica o professor Kim.

"Apoiado por várias linhas de evidência científica, Nurr1 já é conhecido por ser um alvo potencial para tratar a doença de Parkinson. Apesar dos grandes esforços de empresas farmacêuticas e universidades, ninguém até então havia conseguido encontrar uma molécula que poderia ligar-se diretamente à proteína e ativá-la, exceto por nós."

A cloroquina e a amodiaquina são aprovadas nos EUA pela Food and Drug Administration (FDA) e são utilizadas para ​​tratar infecções de malária. A cloroquina foi usada no final de 1940 e no início de 1950, até que o parasita da malária desenvolveu resistência e a droga foi abandonada. A amodiaquina ainda está sendo utilizada na África atualmente. Os cientistas pretendem projetar melhores medicamentos para a doença, modificando a cloroquina e a amodiaquina. A equipe espera realizar testes clínicos com esses medicamentos modificados.

FONTE: Universidade Tecnológica de Nanyang. (2015, 16 de julho). Potential treatment for Parkinson`s disease discovered. Science Daily. Acessado 20 de julho de 2015 a partir de www.sciencedaily.com/releases/2015/07/150716091710.htm

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Tags

Parkison, Doença degenerativa, Doença, Terapia Cognitivo-Comportamental

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