Estudo faz descoberta sobre a manutenção dos neurônios.
06 de Fevereiro de 2013
Um estudo realizado na Universidade de Michigan, EUA, analisou a forma como o cérebro administra os neurônios afim de manter as memórias. Para este processo o cérebro elimina os neurônios "menos eficientes" e mantém os neurônios "bons". O estudo foi publicado no periódico "Neuron" e visou estudar a relação entre o hipocampo e o córtex cerebral. A pesquisa descobriu que tal mecanismo de escolha aperfeiçoa o desenvolvimento cerebral.
Com o crescimento do sistema nervoso as células neuronais se expandem e fazem nova conexões. Com isso as falhas nestas conexões posteriormente podem se transformar em distúrbios neurológicos, como Alzheimer, esquizofrenia ou autismo. O foco do estudo era descobrir as reações do cérebro frente a descoberta de células neuronais menos eficientes.
Os pesquisadores, liderados por Hisashi Umemori, fizeram os experimentos com ratos geneticamente modificados. Primeiro desligaram 40% das conexões do cérebro e após algum tempo o cérebro eliminou as inativas e poupou as conexões boas. Em um experimento mais agressivo, desligaram todas as células neurais e o resultado foi que os impulsos elétricos mantiveram funcionando normalmente. Os pesquisadores também analisaram o hipocampo e o giro dentado, e lá descobriram uma nova competição entre as células recém nascidas e as maduras.
Ao eliminar a capacidade de desenvolvimento de novas células, o cérebro cortou o mecanismo de eliminação das células inativas. Segundo Umemori, "Os resultados sugerem que os processos de aprendizagem estão relacionados a exclusão de neurônios menos efetivos. Quanto mais pudermos entender como esses mecanismos funcionam, mais seremos capazes de compreender o que acontece quando eles não estão funcionando".
Fonte: Uol