Hipnoterapia: o que é e quais são suas vertentes? - Sinopsys Editora
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Hipnoterapia: o que é e quais são suas vertentes?

Hipnoterapia: o que é e quais são suas vertentes?

13 de Abril de 2021

A hipnoterapia, também chamada de hipnose clínica, consiste na aplicação de técnicas hipnóticas como ferramentas terapêuticas. Dessa forma, a hipnoterapia é utilizada como auxílio para o tratamento de transtornos mentais e físicos, assim como para combater hábitos e sentimentos indesejáveis.

Vários desses problemas são causados por eventos do passado dos quais as pessoas, muitas vezes, nem lembram. O papel do hipnoterapeuta, portanto, é identificá-los e ajudar o paciente a confrontá-los, para que o transtorno possa ser tratado com eficácia e o indivíduo possa ter qualidade de vida.

A hipnoterapia é baseada em um conjunto de técnicas conduzidas pelo profissional de saúde especializado que visam ampliar a consciência do paciente por meio de concentração focada e relaxamento.

Os resultados obtidos, geralmente, são mais efetivos e rápidos que outros métodos convencionais. Isso porque a hipnose clínica alcança a mente subconsciente e trata o transtorno direto em sua origem.

O estado hipnótico ao qual chega o indivíduo durante as sessões faz com que ele consiga quebrar padrões limitadores, mudar crenças e, consequentemente, modificar seu comportamento.



MODELO DA MENTE


A hipnose é um estado alterado de consciência que possibilita o acesso ao subconsciente, no qual se encontram emoções, sentimentos, hábitos e memórias de longo prazo que as pessoas não podem controlar no nível consciente.

Por meio da hipnoterapia, é possível sugestionar ao subconsciente a criação de um novo padrão mental, possibilitando inúmeras reprogramações mentais, seja para largar um vício, emagrecer, diminuir o estresse e a ansiedade, tratar fobias e sintomas da síndrome do pânico e até diminuir dores resultantes de doenças como a fibromialgia.

Para entender como a hipnoterapia funciona, é preciso saber primeiro como a mente humana funciona. E para explicar o funcionamento da mente, o hipnotista norte americano Gerald Kein criou um sistema representacional chamado de Modelo da Mente.

Conforme esse sistema, a mente é dividida em três partes: inconsciente, consciente e subconsciente.

MENTE INCONSCIENTE


A mente inconsciente é instintiva e tem a função de regular a fisiologia para a manutenção da sobrevivência das pessoas.

Para tanto, ela controla o sistema nervoso autônomo e o sistema imunológico. Também é responsável pelas reações automáticas de defesa, como a descarga de adrenalina para reagir a ameaças.

MENTE CONSCIENTE


A mente consciente está relacionada à região do córtex pré-frontal, que rege os pensamentos e a consciência. Ela tem quatro estruturas de funcionamento.

Uma dessas estruturas é a memória funcional (de curto prazo), que tem espaço limitado e, por isso, armazena só aquilo que é mais importante e precisa ser lembrado sem esforço.

A outra é a analítica, responsável pela tomada de decisões, desde as coisas mais simples, como qual a roupa vestir, até as mais complexas, como a escolha da profissão. Faz isso acessando informações do passado e sempre opta por aquilo que é mais próximo ao já conhecido.

Por sua vez, a mente consciente racional tem como principal função criar justificativas, motivos e desculpas para determinadas ações, o que nem sempre é racional.

Já a força de vontade é um recurso que mantém as pessoas firmes em seus objetivos. Contudo, como é finita e quando mudanças estão ligadas a programações mentais muito profundas, não se sustenta por muito tempo. Por isso, é tão difícil se desvencilhar de velhos hábitos.


MENTE SUBCONSCIENTE


É na mente subconsciente que vive a pessoa real e toda sua essência (e também onde acontece a hipnose). Essa é a mente que sente e funciona como um computador que vem zerado, sem nenhum programa instalado, quando o indivíduo nasce.

Com o passar dos anos, no entanto, as experiências de vida se transformam em programações mentais que dirigem o comportamento de cada um. A razão pela qual nem sempre os seres humanos operam como gostariam está relacionada ao fato de que alguns desses programas instalados não são os ideais.

Entre as funções que a mente subconsciente tem, está a memória de longo prazo, que funciona como uma câmera que capta as experiências e armazena todas elas num banco de dados ilimitado.

Incluem, ainda, os hábitos, que se desenvolvem por repetição e podem ser classificados em bons, neutros e ruins; e as emoções, que estão acopladas a cada uma das experiências vivenciadas.

Quando a mente subconsciente considera necessário, as emoções são utilizadas juntamente com as memórias. O que leva a quarta e mais forte função da mente subconsciente: a autopreservação.

Por exemplo, se o subconsciente aprendeu que estar mediante uma situação de exposição é algo ameaçador, pois, na primeira vez que a pessoa passou por essa experiência, sentiu muito medo, cada vez que ela passar por situações similares na vida adulta, como falar em público, sua mente vai emitir um alerta de perigo. Imediatamente, será liberada uma emoção que vai impedi-la de se expor.

A ociosidade é a última função da mente subconsciente e, assim como a autopreservação, é herança ancestral dos seres humanos. Como, no passado, o alimento era escasso, a mente percebeu que era uma boa estratégia economizar energia evitando qualquer tipo de mudança. O problema disso é que ela mantém os mesmos padrões, sejam bons ou ruins. Por isso, é tão difícil manter a dieta ou começar a academia.

FATOR CRÍTICO


O sistema representacional Modelo da Mente tem mais um integrante, que é o fator crítico, uma espécie de guardião localizado na mente consciente que tem como função decidir qual sugestão pode ou não entrar no subconsciente.

Ele verifica quais sugestões são congruentes e similares com as programações que já estão ali. Afinal, elas só estão ali porque foram consideradas como algo coerente e verdadeiro.

Dessa forma, o fator crítico aceitará cada vez mais sugestões parecidas com a programação existente no subconsciente, independentemente se forem boas ou ruins, e fará de tudo para recusar informações contrárias.

É quando entra em cena a hipnoterapia, uma vez que, segundo Gerald Kein, a "hipnose é o fenômeno de atravessar o fator crítico da mente consciente e estabelecer no subconsciente um pensamento ou sentimento exclusivo e aceitável para o sujeito".

Para que a hipnoterapia funcione, portanto, é preciso driblar o fator crítico para acessar as `memórias + emoções’ que geraram programações que a pessoa não quer ter mais. Isso é feito durante a sessão por meio da dessensibilização, ressignificação e psicoeducação.

HISTÓRIA DA HIPNOSE CLÍNICA



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Tags

Hipnoterapia, Hipnose, Hipnose Clínica, Hipnóticas, Hipnoterapeuta, Transtornos Mentais

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