Igualdade racial na infância: o papel da Psicologia - Sinopsys Editora
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Igualdade racial na infância: o papel da Psicologia

Igualdade racial na infância: o papel da Psicologia

23 de Julho de 2021

Igualdade racial na infância faz parte de um dos eixos centrais da política desenvolvida pelos conselhos de Psicologia do Brasil e que diz respeito à defesa intransigente dos Direitos Humanos.

O Conselho Federal de Psicologia inclusive tem a resolução nº 18/2002, que pauta sobre a atuação dos psicólogos no enfrentamento ao racismo e solicita desse profissional o enfrentamento a todo tipo de preconceito e discriminação racial.

O documento foi elaborado com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos, na Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, na Constituição Federal e em dispositivos do Código de Ética Profissional.

Busca a colaboração de profissionais da área na criação de condições para eliminar a opressão e a marginalização do ser humano geradas pelo preconceito racial que humilha e gera sofrimento.

RELAÇÃO

A discussão sobre a relação entre a Psicologia e os Direitos Humanos desvela uma relação delicada em que os saberes da primeira podem lançar luz sobre as implicações que a violação da segunda traz para as vivências subjetivas.

Cabe ao profissional da Psicologia, portanto, a atualização e o compromisso ético com sua atuação, visto que se trata de uma profissão que atua pela perspectiva do cuidar, de modo a contribuir com uma vivência em sociedade na qual as diferenças sejam experienciadas enquanto características de pertencimento e não de desigualdades entre os grupos.


ATENÇÃO


Para diagnosticar e melhor ajudar as crianças vítimas de racismo, contribuindo para a igualdade racial na infância, os profissionais de Psicologia devem estar atentos aos sintomas e discursos que os pequenos têm a respeito de si mesmos.

No caso das crianças vítimas de racismo, é necessário considerar também a mudança de comportamento. Isso porque a violência pode e comumente é manifestada de forma velada, não somente como agressão física ou verbal direta.

Trata-se, portanto, de situações que muitas vezes apenas o agredido sente e percebe, ou seja, fenômenos subjetivos vivenciados em uma coletividade.

O lugar do psicólogo é lidar com subjetividades, e considerar a existência do racismo faz da intervenção do profissional uma possibilidade de enfrentamento com um empoderamento identitário.


EFEITOS PSÍQUICOS


O comportamento da criança vítima de racismo pode ser identificado a partir dos efeitos psíquicos que se apresentam. Entre eles, constam autoestima prejudicada, rejeição e insatisfação com o próprio corpo e alto grau de ansiedade pela constante busca de ser aceita.

Os efeitos psicológicos também podem se apresentar através do sentimento de inferioridade e de uma insegurança diante de situações nas quais a criança já se encontraria com competências para solucionar.

Já em um grau de sofrimento psíquico que requer cuidados diferenciados, as crianças podem ter depressão.

Dificuldade de se abrir, de se expressar criativamente nas brincadeiras, rompantes de agressividade que expressam uma raiva violenta e aparentemente não provocada também são sintomas que merecem atenção.

Logo, fortalecer a identidade dessa criança e intervir junto à família e à escola são um caminho frutífero no sentido da igualdade racial na infância. Isso porque visa uma condição psíquica mais empoderada do indivíduo a respeito de si mesmo e na relação com os outros.
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Tags

Racismo, Racismo na Infância, Igualdade Racial, Direitos Humanos

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