Meninas com TDAH têm maiores riscos de autolesão e tentativas de suicídio no início da vida adulta.

Estudo publicado na American Psychological Association demonstra que meninas com déficit de atenção e hiperatividade na infância apresentam risco significativamente maior à autolesão e a tentativas de suicídio do que meninas que não apresentaram os sintomas quando crianças.

Mulheres jovens que foram diagnosticadas com TDAH quando meninas, principalmente o grupo com maiores demarcadores de impulsividade, apresentam 3 a 4 vezes mais tentativas de suicídio e 2 a 3 vezes mais autolesões do que mulheres que não tinham TDAH quando crianças.

Segundo o líder do estudo, Dr. Stephen Hinshaw, PhD, professor do curso de psicologia da Universidade da Califórnia, "Nossos resultados demonstram o quanto o TDAH em meninas pode ser mais severo e como pode ter complicações no futuro".

Para o estudo, foram coletados dados de 228 meninas com idade entre 6 a 12 anos. Todas passaram por entrevistas e responderam a questionários sobre TDAH. Do total das crianças, 140 foram diagnosticadas com o transtorno, enquanto o resto das meninas ficou para o grupo controle. Após o primeiro contato, as meninas foram acessadas 5 anos depois e 10 anos depois da primeira coleta. Nestas outras coletas elas foram entrevistadas e responderam a questionários. No final dos 10 anos de follow up, as meninas tinham entre 17 e 24 anos. Nestes questionários, elas e a família foram questionados sobre problemas cotidianos, uso de substâncias, tentativas de suicídio, autolesão e sintomas depressivos. Noventa e cinco por cento das meninas completaram o estudo.

FONTE: American Psychological Association (APA) (2012, August 14). Girls with ADHD at risk for self-injury, suicide attempts as young adults. ScienceDaily. Retrieved March 7, 2013, from http://www.sciencedaily.com­/releases/2012/08/120814100158.htm