O risco de suicídio: Variedade de intervenções da Terapia Comportamental Dialética com terapêuticas eficazes

Uma variedade de intervenções de terapia comportamental dialética (DBT) ajudou a reduzir as tentativas de suicídio e atos não-suicidas de automutilação em um ensaio clínico randomizado de mulheres portadores de transtorno de personalidade borderline que estavam altamente suicidas, de acordo com um artigo publicado on-line pela JAMA Psychiatry.

DBT é uma terapia com múltiplos componentes para indivíduos com alto risco de suicídio e para aqueles com múltiplos transtornos mentais graves, particularmente aqueles que têm marcadas a impulsividade e incapacidade de regular as emoções. Os componentes do DBT incluem terapia individual e treinamento de habilidades de grupo, entre sessões de coaching por telefone e uma equipe de consulta com terapeutas. A importância de capacitação para DBT comparada com os outros componentes não foi estudada diretamente, de acordo com o estudo.

Marsha M. Linehan, da Universidade de Washington, Seattle, e coautores se propuseram a avaliar a importância do componente de formação de competências, comparando três grupos de tratamento: treinamento de habilidades além de gestão de casos para substituir a terapia individual (DBT-S), terapia individual pelo modelo DBT, além de atividades de grupo para substituir o treinamento de habilidades. Seguiu-se, também, o padrão DBT, que incluiu o treinamento de habilidades e terapia individual. O protocolo de avaliação de riscos de suicídio e Gestão DBT foram utilizados com todos os pacientes do estudo.

O estudo incluiu 99 mulheres (média de idade de 30) que tinham transtorno de personalidade borderline com pelo menos duas tentativas de suicídio e/ou autolesão não-suicida atuais ou nos últimos cinco anos, um ato ou tentativa de suicídio nas oito semanas antes da triagem e uma tentativa de suicídio no ano passado. Das mulheres, 33 foram randomizadas para cada um dos três grupos de tratamento: padrão DBT, DBT-S-I ou DBT.

Os autores concluíram que os três tratamentos reduziram as tentativas de suicídio, ideação suicida, gravidade médica de intencional autolesão, o uso de serviços de crise devido a tendências suicidas e ampliaram "melhores razões para viver".

"Contrariamente às nossas expectativas, o padrão DBT não era superior a qualquer condição de comparação para qualquer resultado relacionado a suicídio, e não foram detectadas diferenças significativas entre DBT-S e DBT-I. Assim, todas as três versões do DBT foram comparavelmente eficazes na redução de suicídio entre os indivíduos com alto risco de suicídio. Mais pesquisas são necessárias antes que as conclusões possam ser feitas, como o que é a melhor intervenção DBT para indivíduos altamente suicidas", conclui o estudo.