Obesidade infantil: como prevenir ou combater?
26 de Março de 2025
A obesidade infantil é uma realidade crescente. Diferentes fatores, como sedentarismo – agravado pelo uso excessivo de telas – e dificuldade da família de conciliar uma rotina de hábitos alimentares saudáveis, contribuem para o estabelecimento do quadro.
Consequentemente, são prejudicadas a autoestima, as relações interpessoais e a saúde física e mental de meninos e meninas, que, cada vez mais, têm se tornado suscetíveis aos padrões de beleza impostos pela mídia e pela sociedade.
Tipos
Existem dois tipos de obesidade infantil classificados com base em sua causa. A exógena, a mais comum, é causada por excesso de ingestão calórica e falta de atividade física. Já a endógena é causada por outras doenças ou por fatores genéticos.
Portanto, é importante identificar o tipo de obesidade para fazer o tratamento adequado. Para tratar a obesidade exógena, por exemplo, é necessário adotar mudanças na dieta e no estilo de vida, enquanto a obesidade endógena pode exigir intervenção médica mais específica.
Sintomas
Os sintomas da obesidade infantil vão além do aumento visível de peso ou gordura corporal. Entre os mais comuns, estão falta de energia, dificuldade para respirar, resistência reduzida ao exercício físico, apneia do sono e dores nas articulações.
Os problemas de autoestima, depressão e ansiedade também podem aparecer, afetando tanto o bem-estar emocional quanto a qualidade de vida das crianças.
Diagnóstico
O diagnóstico da obesidade infantil deve ser feito por um profissional qualificado e geralmente envolve uma avaliação completa da saúde do paciente, incluindo exame físico, revisão do histórico médico e familiar, sinais de problemas psicológicos ou sociais e a utilização de medidas específicas, como o índice de massa corporal (IMC).
Exames de sangue também podem ser solicitados para verificar os níveis de glicose, colesterol e outros que indiquem riscos associados.
Tratamento
O tratamento da obesidade infantil normalmente envolve a colaboração de diversos profissionais para auxiliar a criança a alcançar e manter um peso saudável.
Cabe ao nutricionista o apoio para uma dieta balanceada, com redução de açúcar e gorduras. Por sua vez, o psicólogo ajuda no que diz respeito a pensamentos, emoções e comportamentos.
O educador físico recomenda atividades físicas adequadas à faixa etária. E o médico acompanha a saúde do paciente inclusive com a prescrição de medicação quando necessária.
Prevenção
A prevenção é a forma mais eficaz de combater a obesidade infantil e suas consequências físicas e mentais. Para promover hábitos alimentares saudáveis e atividade física regular, é importante criar, desde cedo, um ambiente que apoie esses comportamentos.
É essencial que todos os envolvidos, desde os pais ou outros responsáveis e até as escolas e a comunidade, desempenhem o seu papel na promoção de estilos de vida saudáveis para as crianças.
Dicas importantes englobam estabelecer rotinas de refeições regulares, limitar o tempo de tela, promover atividades físicas, fornecer alimentos nutritivos e limitar alimentos processados e bebidas com açúcar, assim como incentivar a participação da garotada na preparação das refeições.
Livro
Falar sobre peso, comportamento alimentar e emoções não precisa e nem deve ser desconfortável. O livro ‘Obesidade infantil: a jornada de Leo e Clara por uma vida saudável’ traz reflexões, estratégias e atividades práticas, promovendo saúde física e emocional na infância com leveza e eficácia.
Ao enfrentar desafios com seu peso e sua percepção de aparência, Leo embarca numa jornada de mudanças saudáveis incentivado pela amiga Clara. Com o apoio da família e sob orientação profissional, o menino aprende a cuidar do corpo de forma simples e equilibrada.
De autoria da psicóloga Simone Steilein Nosima e publicada pela Sinopsys Editora, a obra é destinada ao uso clínico e familiar com crianças de 7 a 10 anos.
Favorece mudanças duradouras que não estão atreladas a dietas restritivas, as quais desconsideram os interesses das crianças e podem ser abandonadas ao longo do caminho, prejudicando a relação com a autoimagem e a comida em vez de ajudar a manter a forma.
Terapia cognitivo-comportamental (TCC), comer intuitivo e mindful eating (comer com atenção plena) são os referenciais teóricos.