Perder um parente na infância pode aumentar risco de futura psicose. - Sinopsys Editora
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Perder um parente na infância pode aumentar risco de futura psicose.

24 de Fevereiro de 2014

Experimentar uma morte na família durante a infância está associado a um pequeno mas significativo aumento do risco de psicose, sugere um estudo publicado na bmj.com. Os pesquisadores dizem que os riscos são maiores para as crianças que sofreram um suicídio na "família nuclear" (irmãos, irmãs, pais).

Estudos anteriores concluíram que o risco de doenças no adulto pode ser influenciado pela genética, estilo de vida e experiência ambiental. Existem, também, evidências de que o stress psicológico da mãe afeta negativamente o desenvolvimento do feto. Estudos populacionais têm, até agora, fraco apoio para uma associação entre o estresse psicológico materno pré-natal e psicose mais tarde.

Pesquisadores do Reino Unido, EUA e Suécia têm intenção de examinar a associação entre mortes na família, como uma forma de estresse severo, e a psicose individual subsequente. Os dados foram retirados do Conselho Nacional Sueco de Saúde e Bem-estar, referentes a crianças nascidas entre 1973 e 1985 na Suécia.

As definições de psicose foram: psicose não-afetiva (incluindo esquizofrenia) e psicose afetiva (transtorno bipolar com psicose e depressão unipolar com psicose). O número final de crianças incluídas no estudo foi de 946.994. Ao todo, 321.249 (33%) crianças haviam tido uma morte na família antes dos 13 anos. Dos indivíduos expostos a qualquer morte durante o período de estudo, 1.323 (0,4%) desenvolveram uma psicose não-afetiva, enquanto 556 (0,17%) desenvolveram uma psicose ativa. No total, 11.117 crianças foram expostas à morte por suicídio, 15.189 por acidentes e a maioria, 280.172, por causas naturais.

Não foi encontrado aumento do risco de psicose na exposição em qualquer período pré-natal. No pós-natal, aumento do risco de todos os tipos de psicose foi associado com mortes na família nuclear. O risco foi tanto maior quanto mais cedo tivesse sido, na infância, a experiência da morte.

Os riscos associados à exposição ao suicídio foram maiores em comparação com a exposição a mortes por acidentes, que por sua vez foram maiores do que os riscos associados a outras mortes por causas naturais. O maior risco foi observado em crianças com idades entre 0 e 3 anos. Os riscos reduziam conforme a idade de exposição aumentava.

FONTE: BMJ-British Medical Journal. (2014, January 22). Losing a family member in childhood associated with psychotic illness. Science Daily. Retrieved January 30, 2014 from www.sciencedaily.com/releases/2014/01/140122091852.htm

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Falecimento de Familiar, Infância, Psicose

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