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Perfeccionismo na infância: quando vira um problema?

Perfeccionismo na infância: quando vira um problema?

15 de Abril de 2025

O perfeccionismo na infância é um comportamento caracterizado pelo desejo de executar todas as tarefas de modo perfeito, não sendo admitidos erros ou resultados pouco satisfatórios para o alto padrão de cobrança do perfeccionista sobre si e sobre os outros.


Cometer erros faz parte da existência humana e lidar bem com eles dá liberdade para tomar decisões, além de oferecer aprendizado. Porém, algumas crianças veem erros como fracassos totais, exigindo de si e dos demais perfeição total.


O perfeccionista tende a ter uma atenção seletiva aos erros, ou seja, a focar apenas no que está errado em vez de nos acertos, fazendo com que corrija constantemente pequenos detalhes que possa identificar como mal feitos.


Nocividade


O querer fazer bem feito se torna um perfeccionismo mal-adaptativo quando há presença de exigências irrealistas; existe preocupação excessiva quanto à avaliação negativa dos outros; a pessoa não se satisfaz com seus feitos.


Compreende-se que esse traço de personalidade, quando nocivo, mantém e intensifica os vários transtornos psicológicos pelos quais perpassa.


O perfeccionismo prejudicial gera pensamentos ruminativos, angústia, frustração e um estado ansioso e depressivo que, muitas vezes, acarreta procrastinação.


Também é um fator para o desenvolvimento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtornos alimentares e até mesmo ideação suicida.


Características


Crianças perfeccionistas normalmente percebem bem os detalhes, são extremamente organizadas e focadas, buscando executar as tarefas com a mínima possibilidade de erro.


Tais características são consideradas normais e até saudáveis. No entanto, quando acompanhadas de alto padrão de cobrança e autocrítica exacerbada, tornam-se nocivas.


Quando o perfeccionismo é nocivo, os pequenos apresentam responsabilidade e determinação em excesso; alto nível de exigência consigo e com os outros; não admitem erros e falhas, tendo dificuldades para aceitar que erraram e para aprender com isso, além de sentirem culpa e vergonha.


Perfeccionistas ao extremo também sentem dificuldade em trabalhar em grupo, já que não conseguem acreditar na capacidade do outro; sempre acham que falta alguma coisa, nunca ficando satisfeitos com o resultado obtido.


Além disso, não aceitam críticas muito bem, mas costumam criticar os outros para demonstrar que são melhores; veem os erros como fracasso e duvidam da qualidade do trabalho feito.


Autocompaixão


A ciência sugere que o autocriticismo fecha os centros de aprendizado do cérebro, roubando os recursos necessários para aprender e crescer.


O autojulgamento e a vergonha exagerados forçam as pessoas a repetirem ciclos viciosos em vez de ajudarem a formar novos comportamentos saudáveis. Além disso, minam a crença do indivíduo em si.


Nesse contexto, uma alternativa indicada pela psicologia é a autocompaixão como hábito de vida, o que significa gentileza e cuidado com o próprio sofrimento.


Trata-se da capacidade de ser menos crítico e mais tolerante consigo mesmo, o que possibilita uma visão mais realista da situação no enfrentamento do autocriticismo.


Pesquisas sugerem que uma atitude de bondade consigo mesmas fortalece a capacidade das pessoas de aprenderem com seus erros, o que pode expandir suas perspectivas e torná-las mais criativas e engenhosas.


Indivíduos que são mais gentis com si próprios estão melhor equipados para progredir em direção aos seus objetivos.


Livro


No livro infantil ‘Quando Sofia venceu o perfeccionismo com a autocompaixão’, a personagem principal busca incessantemente a perfeição em tudo o que faz e, por essa razão, se afasta das brincadeiras e da alegria de ser criança.


De forma lúdica e envolvente, a obra de autoria da psicóloga Miriam Rodrigues e publicada pela Sinopsys Editora auxilia na psicoeducação sobre o perfeccionismo e seus possíveis prejuízos na infância.


Para usos clínico, familiar e escolar com o público infantil a partir dos 5 anos, trata-se de uma ferramenta valiosa para psicólogos, pais/responsáveis e educadores, oferecendo uma abordagem suave e educativa sobre a importância da autocompaixão e da gentileza como formas de enfrentamento saudáveis.




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Tags

perfeccionismo, pensamentos ruminativos, transtorno obsessivo-compulsivo, TOC, desenvolvimento infantil, autocompaixão, gentileza, psicologia positiva

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