Psicologia jurídica: o que faz o profissional dessa área?
17 de Novembro de 2023
A psicologia jurídica é uma divisão da psicologia que abrange o estudo, a avaliação, a prevenção, o acompanhamento e o tratamento de fenômenos psicológicos que afetam ou podem vir a afetar a conduta de uma pessoa a ponto de levá-la a infringir as normas legais vigentes na sociedade.
Dentro do amplo leque de atuação do psicólogo jurídico, estão os campos do direito penal, da psicologia penitenciária, psicologia da delinquência, psicologia policial e psicologia da família.
Quando aplicada ao direito penal, o profissional da área encarrega-se, por exemplo, de emitir relatórios para juízes e tribunais de acusação e de defesa.
Já no âmbito da psicologia penitenciária, o psicólogo jurídico estuda a personalidade dos reclusos de acordo com os métodos psicológicos e avaliando suas características temperamentais.
Nas tarefas de mediação, por sua vez, dedica-se a preparar um contexto adequado para que as partes possam se comunicar entre si e tenham maiores probabilidades de chegarem a um acordo.
CONDIÇÕES MENTAIS
Entre as principais aplicações da psicologia jurídica, estão os casos nos quais é preciso comprovar as condições mentais dos réus nos processos penais. Não são poucos os casos em que um processo só é solucionado após a emissão de laudos por profissional devidamente habilitado.
O especialista nessa área também pode ser essencial em casos como violência doméstica ou para confirmar abuso contra crianças e adolescentes.
Outra função do psicólogo jurídico é elaborar e executar políticas referentes aos direitos humanos, como programas de prevenção à violência, atividades socioeducativas, atendimento a populações vulneráveis ou em situação de risco.
A psicologia jurídica abrange, ainda, a elaboração de perícias e de laudos para serem anexados a processos trabalhistas.
No caso da psicopatologia trabalhista, o principal objeto de atuação é a análise do desenvolvimento de doenças psíquicas no meio laboral, assim como a verificação de tratamentos com o médico perito.
FORMAÇÃO
Para se tornar um psicólogo jurídico, o caminho mais natural é começar por uma graduação em psicologia e, posteriormente, especializar-se na área jurídica.
Dentro da graduação em psicologia, o aluno já toma contato com a psicologia jurídica, pois essa é uma das matérias que fazem parte da grade curricular do curso.
O que não é obrigatório, mas recomendável para quem quiser seguir a carreira de psicólogo jurídico, é, após a graduação, fazer uma especialização em psicologia jurídica.
As opções cobrem temas variados, tais como: criminologia e psicologia criminal, psicologia forense, gestão em perícia forense, psicologia em interface com a justiça, psicologia e serviço social forense, psicologia jurídica, psicologia sociojurídica e criminologia clínica.
Para ampliar as possibilidades de carreira, seja durante a graduação, a pós ou já no mercado de trabalho, é importante continuar a investir em atualização, com participações em eventos da área, como palestras, congressos e workshops. Publicar artigos também amplia conhecimentos e fortalece o nome do profissional no mercado.