Quando o gênio criativo é impulsionado pela distração - Sinopsys Editora
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Quando o gênio criativo é impulsionado pela distração

15 de Junho de 2015

Uma nova pesquisa da Universidade Northwestern sugere por que a incapacidade de impedir a entrada da informação sensorial ao centrar-se sobre um projeto de criação pode ter sido tão forte para gênios como Proust, Franz Kafka, Charles Darwin, Anton Chekhov e outros. A pesquisa da Northwestern fornece a primeira evidência fisiológica de que a criatividade do mundo real pode estar associada a uma reduzida capacidade de filtrar informações sensoriais "irrelevantes".
A pesquisa sugere que algumas pessoas são mais afetadas pelo bombardeio diário de informações sensoriais - ou têm filtros sensoriais "vazando" mais. Entrada sensorial "vazada", a propensão para filtrar informações sensoriais "irrelevantes", acontece cedo, e involuntariamente, no processamento cerebral, podendo ajudar as pessoas a integrar ideias que estão fora do foco de atenção, levando a criatividade para o mundo real, disse Darya Zabelina, principal autora do estudo, chamando a descoberta de "impressionante".
Os pesquisadores investigaram marcadores neurais específicos de uma forma muito precoce de atenção, o gating sensorial, indexado pelo P50 ERP, e a resposta neurofisiológica que ocorre 50 ms (milissegundos) após o início do estímulo, e como esta se relaciona com duas medidas de criatividade: o pensamento divergente e a realização criativa no mundo real.
No estudo, cerca de 100 participantes relataram suas realizações nos domínios criativos pelo Questionário de Realizações Criativas, bem como realizando um teste de pensamento divergente, geralmente considerado como um teste de laboratório de cognição criativa. Neste teste, os participantes foram convidados a fornecer tantas respostas quanto poderiam para vários cenários improváveis, dentro de um período de tempo limitado. O número e a novidade das respostas dos participantes consistiram na pontuação do pensamento divergente. Como resultado, os pesquisadores tiveram duas medidas diferentes de criatividade: uma série de reais realizações criativas das pessoas e uma medida de laboratório de pensamento divergente.
Testes de pensamento divergente são cronometrados em medidas de laboratório de cognição criativa, em que os participantes produzem inúmeras respostas dentro de um tempo limitado. No estudo, o pensamento divergente se correlacionou com os resultados dos testes acadêmicos e gating sensorial seletivo - uma habilidade aumentada para filtrar em comparação com pensadores menos divergentes.
Em contraste direto, a realização criativa do mundo real foi associada com o processamento sensorial "vazado" - ou uma capacidade reduzida para barrar ou inibir estímulos de consciência. Isso mostra que essas medidas de criatividade são sensíveis a diferentes formas de propagação sensorial. O pensamento divergente contribui para a criatividade, mas parece ser separado do processo do pensamento criativo que está associado com o filtro sensorial vazado. O estudo sugere que pessoas criativas com gating sensorial "vazado" podem ter uma propensão para implantar a atenção sobre um foco mais amplo ou uma maior variedade de estímulos. "Se canalizadas na direção certa, essas sensibilidades podem tornar a vida mais rica e significativa", disse Zabelina, doutoranda em psicologia na Northwestern.
Mas as desvantagens de tal distração sensorial têm sido bem observadas por alguns dos pensadores mais criativos do mundo. Um dos romancistas mais influentes do século 20, Kafka disse certa vez: "Eu preciso de solidão para a minha escrita; não `como um eremita’ - que não seria suficiente -, mas como um homem morto." Darwin, Chekhov e Johan Goethe também lamentaram fortemente a natureza do ruído perturbador.
O estudo ainda não pode determinar se a redução do gating sensorial é uma característica estável, ou se empreendedores criativos podem modular o seu processamento sensorial em função das exigências da tarefa.

FONTE: Universidade Northwestern. (2015, 03 de março). Creative genius driven by distraction. ScienceDaily . Acessado 18 de maio de 2015 a partir de www.sciencedaily.com/releases/2015/03/150303153222.htm

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Tags

Psicologia, Criatividade, Terapia cognitivo-comportamental

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