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Saúde mental: conceitos de prevenção e promoção

Saúde mental: conceitos de prevenção e promoção

07 de Outubro de 2022

O conceito de prevenção em saúde mental vem passando por revisões ao longo do tempo. A primeira conceituação de grande repercussão foi definida em 1964 pelo psiquiatra norte-americano Gerald Caplan, que a subdividiu em três segmentos: prevenção primária, secundária e terciária.

Nesse modelo, a prevenção primária em saúde mental se referia a uma intervenção oferecida a toda população com o objetivo de diminuir a ocorrência de novos casos ou, na linguagem da saúde pública da época, reduzir a incidência de transtornos mentais.

A prevenção secundária seria a intervenção oferecida à população com sinais iniciais de transtornos ou dificuldades. Outro termo utilizado era intervenção precoce.

Por sua vez, prevenção terciária em saúde mental seria a intervenção oferecida aos que apresentam um transtorno diagnosticado, com a intenção de limitar a incapacidade causada, reduzindo sua intensidade e duração e, portanto, prevenindo futuras recorrências ou complicações adicionais.


PRIMEIRA REVISÃO


O modelo inicial da prevenção em saúde mental foi alvo de várias críticas ao longo dos anos, sendo então revisto pelo Institute of Medicine (IOM) nos Estados Unidos em 1996.

Tal revisão propôs a renomeação de prevenção secundária como tratamento, uma vez que existiria um transtorno mental já diagnosticado. E a prevenção terciária passou a ser entendida como serviço de reabilitação ou manutenção.

Uma contribuição relevante desse segundo modelo foi a inclusão de métodos e medidas de prevenção primária conforme a exposição da população ao risco.

Assim, a prevenção primária foi subdividida em prevenção universal, que são intervenções oferecidas a toda população; prevenção seletiva, direcionada para pessoas expostas a um risco acima da média para o desenvolvimento de transtornos mentais; e prevenção indicada, aplicada a quem apresenta sintomas precoces de transtornos embora não tenha critérios completos para um diagnóstico.

Mesmo reconhecido por suas contribuições, o modelo do IOM foi posteriormente revisto em 2005 pelos psicólogos estadunidenses John Weisz, Irwin Sandler, Joseph Durlak e Barry Anton.


PROPOSTA INTEGRATIVA



Sendo assim, a contribuição desse modelo é o destaque de uma conexão dinâmica entre promoção, prevenção e tratamento.

Para os autores, intervenções de promoção de saúde têm por objetivo desenvolver habilidades e oferecer recursos para o sujeito enfrentar adversidades pessoais e contextuais.

Já a prevenção tem como foco o aumento em fatores protetivos e a redução dos riscos de aparecimento de problemas, incluindo os níveis de exposição ao risco (universal, seletiva e indicada).

E o tratamento refere-se à assistência àqueles que já apresentam o diagnóstico de um transtorno, podendo ser oferecidos serviços de terapia breve ou de longa duração conforme a gravidade.


ESTRATÉGIAS COMPLEMENTARES


O modelo atual reconhece e valoriza a promoção, a prevenção e o tratamento como estratégias complementares, mas que podem se sobrepor em suas ações.

Logo, permite pensar em estratégias de intervenção distintas, que englobam diferentes níveis da atenção em saúde, mas com o objetivo de aumentar o nível de saúde da população, o que sugere a ação intersetorial e a reinvenção de práticas em saúde.

Por ação intersetorial em saúde, entende-se o conjunto de atividades cooperativas com vistas a um resultado mais intenso do que se realizado separadamente.

Portanto, incluem-se ações de política, programas, projetos e intervenções de base focadas em um esforço conjunto e cooperativo entre todos os agentes de saúde, desde a gestão até os profissionais que estão na ponta executando as ações.


LIVRO


Prevenção e promoção em saúde mental: fundamento, planejamento e estratégias de intervenção
“Prevenção e promoção em saúde mental: fundamentos, planejamento e estratégias de intervenção”, publicado pela Sinopsys Editora e organizado por Sheila Giardini Murta, Cristineide Leandro-França, Karine Brito dos Santos e Larissa Polejack, é um livro inédito no Brasil que contribui para suprir a lacuna existente na área e para fomentar reflexões e novos fazeres relativos à prevenção e à promoção em saúde mental.

Embasada em evidências, a obra apresenta os aspectos conceituais e teóricos, as etapas no planejamento de programas com fins de prevenção e promoção de saúde mental, as estratégias de intervenção que podem ser incorporadas e as experiências em contextos diversos.

Trata-se de uma fonte de conhecimento teórico e prático útil a estudantes e profissionais de várias áreas que lidam com saúde mental e seus determinantes.

Prevenção e promoção em saúde mental: fundamento, planejamento e estratégias de intervenção
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Tags

Saúde mental, prevenção, promoção, tratamento, Gerald Caplan, intervenção precoce, reabilitação, modelo integrativo, intervenção, transtornos mentais, habilidades

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