Transtornos alimentares: como pensa e se sente quem tem? - Sinopsys Editora
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Transtornos alimentares: como pensa e se sente quem tem?

Transtornos alimentares: como pensa e se sente quem tem?

08 de Maio de 2024

Os transtornos alimentares são caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e compromete significativamente a saúde física e o funcionamento psicossocial.


Pessoas que têm transtornos alimentares tendem a pensar de forma extrema e incondicional, o que se chama de pensamento “tudo ou nada”. Elas estabelecem dietas rígidas, pouco realistas e, se saem minimamente dos seus planejamentos, a sensação costuma ser de fracasso intenso e de perda de controle.


Isso é suficiente para que os indivíduos com transtornos alimentares relacionem essa “falha” à sua capacidade e ao seu valor pessoal, o que reforça as crenças do transtorno e perpetua o ciclo da doença.


Além disso, sentimentos de tristeza e angústia são comumente relatados nos transtornos alimentares, o que faz os indivíduos acometidos se isolarem e acreditarem que o emagrecimento é a solução para se libertarem da tristeza, da angústia e de outras emoções que julgam aversivas.



Crença


Na anorexia e na bulimia nervosas, existe a crença de que o valor pessoal está relacionado com a forma do corpo e o peso estabelecidos culturalmente como ideais.


Assim, a pessoa com transtorno alimentar sente um medo intenso de ganhar peso e tem distorção da percepção da sua forma corporal, o que desencadeia comportamentos alimentares disfuncionais que podem ser restritivos, compulsivos ou compensatórios.


No transtorno de compulsão alimentar (TCA), os indivíduos utilizam o comer compulsivo como uma compensação para conflitos que desencadeiam ansiedade e tristeza, utilizando o alimento como gratificação e consolo emocional sem que haja qualquer controle da ingestão.


Cérebro


A principal célula do cérebro é o neurônio, que recebe, integra e transmite os estímulos (informações). Para isso, ele conta, em grande parte, com a função dos neurotransmissores, substâncias químicas que agem de modo a possibilitar a comunicação entre um neurônio e outro.


Os neurotransmissores estão associados à modulação de diversos comportamentos humanos, incluindo humor, sono e apetite. Sendo assim, a sua desregulação pode estar relacionada com a gênese de diversas doenças psiquiátricas, entre elas, os transtornos alimentares.


A serotonina age nos mecanismos regulatórios do apetite e do impulso de comer, e o aumento desse neurotransmissor na fenda sináptica pode produzir saciedade, do mesmo modo que a sua diminuição pode aumentar o consumo de alimentos e o ganho de peso.


Nessa mesma linha, a dopamina tem a capacidade de inibir o apetite. Assim, na anorexia nervosa, o aumento da atividade dopaminérgica poderia possibilitar a recusa alimentar, ao passo que a sua diminuição poderia desencadear os comportamentos de compulsão alimentar na bulimia e no transtorno de compulsão alimentar.


Ferramenta


De autoria da psicóloga Camilla Volpato Broering, a ferramenta ‘Transtornos alimentares: 70 cards para pensar sobre autoimagem distorcida’, publicada pela editora RIC Jogos, tem como objetivo ajudar a entender o funcionamento cognitivo desses pacientes para que sejam escolhidas as melhores estratégias de enfrentamento.


Visando adesão ao tratamento psicoterapêutico, os cards são divididos em 6 grupos: eventos, pensamentos, sentimentos, comportamentos, estratégias utilizadas e pensamentos alternativos. Na primeira etapa, o psicólogo deve identificar qual o modelo cognitivo do indivíduo e depois utilizar as técnicas para lidar com pensamentos e comportamentos.


Transtornos alimentares: 70 cards para pensar sobre autoimagem distorcida



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Tags

transtornos alimentares, anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar, crenças, pensamentos

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