Transtornos Alimentares na Terapia Cognitivo-Comportamental - Sinopsys Editora
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Transtornos Alimentares na Terapia Cognitivo-Comportamental

Transtornos Alimentares na Terapia Cognitivo-Comportamental

29 de Setembro de 2021


A Terapia Cognitivo-Comportamental tem se mostrado eficaz e já é uma das abordagens da Psicologia mais indicadas no tratamento dos Transtornos Alimentares. Como atua nas questões cognitivas, emocionais e comportamentais através de uma intervenção objetiva e direcionada, proporciona resposta rápida aos sintomas.

Em atendimento individual ou em grupo, as estratégias sugeridas pela TCC para o tratamento dos Transtornos Alimentares têm como meta a diminuição da restrição e da compulsão alimentar, dos episódios bulímicos, da frequência de atividade física e do distúrbio da imagem corporal. Visam, também, a modificação do sistema disfuncional de crenças associadas à aparência, peso e alimentação e o aumento da autoestima.


ETAPAS


O processo é desenvolvido ao longo de três etapas. A primeira busca o compromisso do paciente com a terapia e pode ser dividida nos seguintes objetivos: expectativas, intenções e esperança. Salienta-se a importância de construir as expectativas positivas sobre a terapia, tanto sobre o que é esperado do terapeuta e do paciente, quanto sobre os resultados.

Essa fase inicial busca, ainda, o controle da ingestão de alimentos. Para evitar que o paciente passe de uma dieta restritiva que lhe provoque fome para um episódio bulímico, é indicado um programa alimentar fixo, com técnicas comportamentais, como evitar situações de estresse, contextos de hábito ou de tentação, geralmente precipitadores dos empanturramentos.


REESTRUTURAÇÃO


A segunda fase da TCC no tratamento dos Transtornos Alimentares é voltada para a reestruturação cognitiva. Consiste em procurar modificar as crenças irracionais que mantêm e reforçam os padrões disfuncionais. Exploram-se, então, métodos alternativos de solução de problemas.

Também é fundamental que os pacientes entendam a interação entre seus pensamentos disfuncionais e suas respostas emocionais, fisiológicas e comportamentais prejudiciais. Eles precisam compreender que o peso não é o problema real, mas que outros problemas mais importantes estão dirigindo e mantendo o transtorno alimentar.

Por fim, a terceira etapa se preocupa em manter as conquistas das fases anteriores e fazer um plano de prevenção de recaídas através de antecipação e preparação para o enfrentamento de situações de estresse que anteriormente ativavam os padrões disfuncionais.


RELAÇÃO TERAPÊUTICA



No tratamento dos Transtornos Alimentares, a TCC considera fundamental a qualidade da relação terapêutica, ou seja, o vínculo entre paciente e terapeuta. Por isso, já no primeiro momento, é importante deixar claro ao indivíduo que há um interesse autêntico em ajudá-lo, que ele não será enganado e que os sintomas podem ser manejados.

Dessa forma, é ressaltada a importância da demonstração de entendimento e empatia pelos sentimentos do paciente, principalmente em relação ao seu temor de vir a perder o controle sobre seu peso. Aceitar suas crenças como genuínas também é fundamental para o bom relacionamento.

A Terapia Cognitivo-Comportamental ainda defende a necessidade de estabelecer uma forte relação colaborativa entre as duas partes na qual o profissional tem um papel ativo.


FAMÍLIA


Em relação ao papel da família no tratamento de pacientes com Transtornos Alimentares com a TCC, sua participação pode ajudar a criar uma estrutura de colaboração em que os pais e/ou cônjuges tornem o meio facilitador de mudanças.

Discutir a função que a enfermidade desempenha no sistema familiar colabora para as mudanças no padrão de interação dos membros. Os objetivos terapêuticos são aumentar a capacidade de comunicação entre eles, corrigir suas percepções distorcidas, melhorar as estratégias de solução de conflitos e fazê-los estabelecer juntos novos limites com a aceitação das diferenças individuais e busca da autonomia.

Outra meta é o restabelecimento de uma hierarquia familiar adequada, com os pais no papel de autoridade e possibilitadores de diálogo. Portanto deve-se ajudar o paciente a gradualmente alcançar a liberdade de acordo com a idade e as capacidades.

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Tags

Terapia Cognitivo Comportamental, TCC, Transtornos alimentares, compulsão alimentar, sistema disfuncional, crenças, distúrbio da imagem corporal.

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