Conheça mais sobre a comunidade surda e seus desafios - Sinopsys Editora
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Conheça mais sobre a comunidade surda e seus desafios

Conheça mais sobre a comunidade surda e seus desafios

16 de Junho de 2021

Conhecer mais sobre a comunidade surda e seus desafios é entender que os surdos não querem ser taxados de deficientes auditivos, pois isso implica uma visão negativa da surdez. Também é saber que existe uma cultura na qual seus indivíduos percebem o mundo, principalmente, pela visão, o que os torna diferentes, mas não deficientes.

E mais: ser integrante da comunidade surda não é sinônimo de isolamento. Pelo contrário, pois as pessoas surdas, assim como as ouvintes, são cidadãs engajadas na defesa de seus direitos, do respeito à sua cultura e da aceitação das diferenças pela sociedade como um todo.

Conhecer mais sobre a comunidade surda e seus desafios também implica estar ciente de que o termo surdo-mudo generaliza e nem sempre está correto, pois a pessoa que tem surdez não é muda necessariamente.

Aliás, é raro uma pessoa ser surda e muda ao mesmo tempo. O que acontece é que, como ela não ouve, acaba não desenvolvendo a fala, mas pode emitir sons, pois seu aparelho fonador está intacto.

Por outro lado, muitas pessoas que têm algum grau de surdez mas ouvem com a utilização de aparelhos auditivos e implantes cocleares conseguem falar e não se consideram integrantes da comunidade surda.

LINGUAGEM DE SINAIS

Uma importante questão que identifica a comunidade surda é a utilização da linguagem de sinais. É através dela que os surdos se comunicam, se expressam e alcançam seu pleno desenvolvimento mental, social e individual.

A linguagem de sinais propicia a interação e a comunicação entre surdos e demais pessoas que garantem o espaço deles na sociedade e possibilitam a execução de todas as tarefas convenientes a qualquer indivíduo, como estudar, trabalhar, se divertir e namorar.

Também permite aos surdos sua inserção na sociedade como indivíduos possuidores de direitos, propiciando acesso a informações, compartilhamento de ideias, desejos e sentimentos.


Muitos dos desafios de acessibilidade da comunidade surda na atualidade, inclusive no que se refere às atividades cotidianas, como ir ao banco, ao cinema e fazer compras, estão relacionados à falta de informação associada à dificuldade de comunicação.

Tal obstáculo está ligado, principalmente, ao uso ainda tímido da linguagem de sinais pela sociedade e pelos meios de comunicação, inclusive a internet. 

A ausência de intérpretes da língua de sinais nos espaços sociais, principalmente em órgãos públicos ou que prestem serviços essenciais, também é um grande desafio, assim como o desconhecimento da língua portuguesa por boa parte da comunidade surda.

CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS


A maioria das pessoas categoriza a linguagem de sinais como algo relacionado somente a gestos. No entanto, como o próprio nome diz, trata-se de uma língua e possui diferentes níveis linguísticos, como morfologia, fonologia, sintaxe, pragmática e semântica.

Por isso, é ensinada com toda sua estrutura e complexidade. A principal diferença está na modalidade de articulação, que é visual-espacial.

Importante salientar que, assim como os idiomas convencionais, ela não é universal. Cada país desenvolve seus símbolos, gestos e estruturas gramaticais próprias. No Brasil, por exemplo, vigora a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Já em Portugal, é a Língua Gestual Portuguesa (LGP) e, nos Estados Unidos, a American Sign Language (ASL).

Até dentro do mesmo país a língua de sinais pode sofrer variações. Assim como os regionalismos brasileiros, por exemplo, ela tem seu desenvolvimento, suas gírias e nomenclaturas.

IDENTIFICAÇÃO


Conhecer mais sobre a comunidade surda e seus desafios envolve, ainda, saber que um dos hábitos que caracterizam sua cultura é que todos os surdos recebem um sinal próprio de identificação.

Esse sinal só pode ser criado por outra pessoa com deficiência auditiva e serve para facilitar e agilizar a comunicação na hora de se apresentarem aos demais membros da comunidade e também em sociedade.

Os surdos se apresentam soletrando cada letra do seu nome por meio do alfabeto manual e, na sequência, apresentam o seu sinal próprio, que faz referência a uma característica física ou mania. Uma vez criado, o sinal não pode ser alterado.
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Tags

Dia Nacional da Educação de Surdos, Deficiência Auditiva, Surdez, Língua Brasileira de Sinais, Libras

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