Desmame: a importância da preparação
26 de Julho de 2021
O desmame pode ser difícil tanto para a mãe quanto para o bebê, pois representa o primeiro desligamento entre eles. Visando evitar qualquer tipo de trauma a ambos é importante que haja preparação para esse momento.
Para desmamar o bebê, a mãe precisa estar segura de que o momento é o certo e buscar, aos poucos, com calma e muita sensibilidade, qual a melhor maneira de substituir este momento prazeroso, de aconchego e segurança.
O desmame é um processo que pode ocorrer de diferentes maneiras: abrupta, planejada (gradual), parcial e natural.
Natural é quando a criança decide que não vai mais mamar, que não quer mais, perde o interesse e larga o peito. Essa é a maneira mais adequada, pois todo o processo estará sincronizado com o desenvolvimento do bebê.
E quando o desmame é natural, ele pode ser gradual, ou seja, aos poucos, ou abrupto, quando, de um dia para outro, o bebê não aceita mais o peito.
As demais formas são todas por iniciativa da mãe, que deve escolher a que melhor se adapte à sua vida.
RECOMENDAÇÃO
Não existe um momento ideal. A recomendação da Organização Mundial da Saúde, assim como do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, é de que a amamentação seja exclusiva até os seis meses e complementar pelo menos até os dois anos da criança.
Na realidade, o desmame vai depender do filho, da mãe e de seu estilo de vida. Muitas vezes, o bebê dá o sinal de que chegou a hora. Ele fica tão entretido com as novidades e comidinhas novas e com a possibilidade de descobrir o mundo engatinhando e andando que perde o interesse pelo peito.
A rotina profissional da mãe e sua capacidade física ou emocional também podem impossibilitar a amamentação. O importante é que a decisão seja tomada juntamente com o pediatra para que o processo não interfira na saúde do bebê e deixe a família feliz.
TÉCNICAS
Embora o desmame nem sempre seja fácil, existem algumas técnicas que auxiliam, uma delas é diminuir gradativamente as mamadas e substituí-las por refeições.
Tal cuidado é importante porque, ao diminuir a quantidade de vezes que o bebê mama, a produção de leite materno também vai caindo no mesmo ritmo. Assim a mãe não fica com os seios pesados e cheios de leite.
Outra técnica utilizada para o desmame é diminuir o tempo que o bebê mama em cada mamada. No entanto não se deve forçá-lo a sair do peito.
Nesse caso, é importante que a mãe mantenha o mesmo tempo de atenção antes dispensado na amamentação brincando com o filho por exemplo. Dessa forma, ele passa a associar que a mãe não é só fonte de leite, mas também de brincadeiras.
Mais uma técnica é pedir para outra pessoa, como o pai ou a avó, dar as refeições ao bebê, pois é normal para o ele associar a presença da mãe à vontade de mamar. Se ainda assim o pequeno continuar querendo mamar, a quantidade de leite que irá beber deve ser menor que a normal.
Não oferecer a mama e nem usar roupas que facilitem o acesso do bebê ao peito são outras técnicas para o desmame gradual. A partir de um ano de idade, a criança já pode comer praticamente de tudo e, por isso, se tem fome, pode comer outros alimentos em vez de mamar em determinados horários.