Fobias específicas: como identificar os medos irracionais - Sinopsys Editora
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Fobias específicas: como identificar os medos irracionais

Fobias específicas: como identificar os medos irracionais

22 de Junho de 2021

Fobias específicas consistem em medos persistentes, irracionais e intensos de situações, circunstâncias ou objetos em particular. Tais situações ou objetos são geralmente evitados quando possível, mas, caso a exposição ocorra, a ansiedade se desenvolve rapidamente e pode se intensificar até chegar ao ataque de pânico.

O medo é uma emoção normal importante, um mecanismo de proteção que faz os seres humanos e outros animais evitarem situações de risco real e garantirem sua sobrevivência. É gerado com base justificada, ocorrendo de forma transitória e sem causar sérios dados às pessoas.

Consequência da liberação de hormônios como a adrenalina, que causa imediata aceleração dos batimentos cardíacos, o medo é uma resposta do organismo a uma estimulação aversiva, física ou mental, cuja função é preparar o sujeito para uma possível luta ou fuga.

Em alguns casos, no entanto, o organismo reage de forma desproporcional ao medo, fazendo com que esse estado de alerta, benéfico em vários momentos da vida, transforme-se em um estado patológico, a fobia.

Nesse caso, o medo não prepara o indivíduo para decidir entre lutar ou fugir, ele o paralisa, impedindo que se relacione com a situação ou o objeto de seu medo.

As fobias específicas são, portanto, uma antecipação do medo ou da ansiedade. Sua característica mais importante é o comprometimento da relação que a pessoa estabelece com o mundo que a cerca.

DIAGNÓSTICO

Enquadradas entre os transtornos de ansiedade mais comuns, as fobias específicas, também chamadas de fobias simples, englobam as mais clássicas, tais como acrofobia (medo de altura), claustrofobia (fobia de lugares fechados), zoofobia (medo de animais peçonhentos e outros) e a tripofobia (medo de padrões geométricos).

Seu diagnóstico é clínico e se baseia nos critérios do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) da Associação Americana de Psiquiatria.

Conforme o DSM-5, os indivíduos com fobias específicas apresentam medo acentuado persistente (seis meses ou mais) ou ansiedade sobre uma situação ou objeto específico.

Além disso, a situação ou o objeto quase sempre provoca imediatamente medo ou ansiedade; os pacientes evitam ativamente a situação ou o objeto; o medo ou a ansiedade é desproporcional ao perigo real; o medo, a ansiedade e/ou esquiva causam sofrimento significativo ou prejudicam muito o funcionamento social ou ocupacional.

TIPOS


Milhares de fobias específicas já foram descritas, classificadas e documentadas, mas algumas delas são mais comuns. Entre elas, está a acrofobia, caracterizada pelo medo irracional de altura. Pode ser causada por diversos fatores, como instinto de sobrevivência exacerbado e experiências traumáticas.

Os indivíduos que sofrem de acrofobia costumam apresentar sintomas físicos e emocionais intensos quando estão em locais altos, como vertigem, tremor e pânico. Nos quadros mais graves, o acrofóbico não consegue subir escadas, morar em prédios, entrar em elevadores ou dirigir sobre pontes.

COULROFOBIA


Outra das fobias específicas mais comuns é a coulrofobia, o medo irracional de palhaços. Na maioria dos casos, se deve a experiências traumáticas na infância. Embora sejam coloridas e alegres, essas criaturas típicas do circo podem se transformar no pior pesadelo de crianças e também de adultos.

As expressões faciais desconhecidas e os gestos exagerados dos palhaços são alguns dos atributos que causam pânico em quem sofre desse transtorno de ansiedade. Além disso, muitos filmes e seriados de terror têm o palhaço como protagonista, o que contribui para o medo exagerado.


ZOOFOBIA


Já a zoofobia, também conhecida como fobia animal, é caracterizada por ser um tipo de fobia específica para determinados animais. Na maioria dos casos, tem seu surgimento na primeira infância, através de experiências negativas com bichos.

O quadro acarreta um medo irracional, o que faz com a pessoa evite conviver com animais não humanos. Em casos mais graves, apenas imaginar estar com eles desencadeia os sintomas.

O nível de extensão da zoofobia está diretamente relacionado com as características do animal, que vão desde o tamanho, até a agressividade.

Os sintomas surgem quando ocorre a proximidade ou ao pensar no bicho. São eles: tonturas, desmaio, taquicardia, falta de ar, respiração acelerada, sudorese, tremores e congelamento de movimentos, ou seja, a pessoa permanece estática no mesmo lugar.
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Tags

Fobia, Fobia Específica, Transtorno de Ansiedade, Medo Excessivo, Acrofobia, Zoofobia, Coulrofobia

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