Por que você precisa estudar o envelhecimento?
24 de Outubro de 2019
Muito falamos sobre a psicoeducação e o acompanhamento clínico de crianças e adolescentes. Mas, e os idosos, onde ficam nessa equação?
Pesquisa recentemente divulgada pela SeniorLab, consultoria de mercado voltada ao público mais maduro, baseada em dados do IBGE, aponta que até 2031 o número de brasileiros com 60 anos ou mais será maior do que o de crianças e adolescentes de zero a 14 anos. O primeiro Estado a passar por esta virada demográfica foi o Rio Grande do Sul, segundo a pesquisa.
O amadurecimento da população se deve a fatores como a queda do número de filhos por mulher no país nas últimas décadas e a longevidade cada vez maior. É uma tendência global que, no Brasil, vem acontecendo de forma mais acelerada do que a experiência vivida em países ricos que já fizeram essa transição. Em 1940, 4,1% da população tinha 60 anos ou mais. Hoje, corresponde a 13,8% e, em 2060, será 32,2%, praticamente um terço da população brasileira.
Como você está se preparando para atuar junto a essas pessoas?
Serão outras demandas, outras prioridades clínicas e, para elas, pesquisadores da área da Saúde vem se empenhando em produzir artigos acadêmicos, livros e outros recursos que possam colaborar com uma melhor formação dos profissionais que, se ainda não atendem, em breve atenderão a essa crescente população.
O primeiro livro de TCC destinado aos idosos no Brasil foi o "Terapias cognitivo-comportamentais com idosos". Ele apresenta as mudanças socioculturais, populacionais, históricas e epidemiológicas ocorridas primeiro nos países desenvolvidos e mais recentemente no Brasil, as quais mudaram a face das formas de conviver, das categorias etárias, das famílias, da velhice, das instituições sociais e da própria Psicologia.
Já o livro "Psicopatologia do adulto e do envelhecimento: atualização e prática clínica" traz as diretrizes diagnósticas das psicopatologias contemporâneas do adulto e do envelhecimento (segundo o DSM-5 e o CID-11). "O conhecimento sobre psicopatologias é fundamental para a realização de um diagnóstico adequado e, consequentemente, para a elaboração de um plano terapêutico eficaz", afirmam as organizadoras Luciana Tisser e Natália Coimbra.