Hipnoterapia: história da hipnose clínica

A história da hipnose é milenar. Sabe-se que técnicas semelhantes eram utilizadas em ritos e cerimônias religiosas em diversas culturas. Os primeiros conceitos científicos sobre seu uso terapêutico, no entanto, datam de 1843, por meio do médico oftalmologista e cirurgião escocês James Braid.

A palavra hipnose foi criada por Braid, que a definia como um estreitamento da consciência próximo ao sono (hypnos significa sono em grego), porém diferente dele.

Mas foi no século 20 que o psiquiatra norte-americano Milton Hyland Erickson revolucionou os estudos clínicos sobre o tema e fez com que se dividisse em duas escolas: hipnose clássica e hipnose ericksoniana.

Já a hipnoterapia cognitiva, desenvolvida recentemente, é uma técnica coadjuvante em psicoterapia que associa aspectos da hipnose clínica e da abordagem cognitivo comportamental para o tratamento das psicopatologias.

Trata-se de uma metodologia de caráter integrativo que também tem auxiliado efetivamente no esbatimento de sintomas específicos e na resolução de diversos problemas.

Um dos pioneiros no seu uso é o psicólogo brasileiro Benomy Silberfarb, especialista em terapia cognitivo-comportamental e hipnose clínica.

Ele é autor dos livros `Hipnoterapia cognitiva: tratamento clínico dos transtornos de ansiedade e de seus sintomas’ e `Hipnoterapia cognitiva: tratamento dos transtornos alimentares e controle de dietas’, ambos publicados pela Sinopsys Editora.

  

Nos Estados Unidos, graças, principalmente, a Erickson, a hipnose clínica é regulamentada há mais de 30 anos.

No Brasil, a primeira entidade da área de saúde a aceitar a hipnoterapia como prática médica foi o Conselho Federal de Medicina (CFM), em 1999. No ano seguinte, foi a vez do Conselho Federal de Psicologia (CFP) reconhecer e autorizar seu uso com a publicação da Portaria 013/2000.

Na sequência, o Conselho Federal de Odontologia (CFO), em 2008, e o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), em 2010, também regulamentaram a utilização da hipnose clínica por seus profissionais.

Em 2018, o Ministério da Saúde acrescentou à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) o uso da hipnoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS).

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