Maio é o Mês da Consciência do Transtorno de Personalidade Borderline - Sinopsys Editora
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Maio é o Mês da Consciência do Transtorno de Personalidade Borderline

Maio é o Mês da Consciência do Transtorno de Personalidade Borderline

10 de Maio de 2021

Maio é o Mês da Consciência do Transtorno de Personalidade Borderline. Também chamada de Transtorno de Personalidade Limítrofe ou Síndrome de Borderline, trata-se de uma doença caracterizada pela intensa instabilidade emocional. Para facilitar o diagnóstico e colaborar na busca de qualidade de vida do paciente, o conhecimento é uma das principais ferramentas e deve estar ao alcance de todos.

Caracterizado por um padrão generalizado de oscilações e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais, variabilidade na autoimagem, flutuações extremas de humor e impulsividade, o TPB acomete cerca de 1,7% a 3% da população mundial. Pode representar de 15% a 20% dos pacientes em tratamento para transtornos de saúde mental.

Mais de 2 milhões de casos de Transtorno de Personalidade Borderline são registrados por ano só no Brasil. A doença atinge homens e mulheres, embora as mulheres busquem mais o tratamento, representando cerca de 75% dos casos nos consultórios.

O risco de suicídio em pacientes com TPB é 40 vezes maior do que na sociedade em geral e, conforme dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), aproximadamente 10% dos brasileiros diagnosticados acabam tirando a própria vida.


LIMÍTROFE

Citado pela primeira vez no meio acadêmico pelo psicanalista norte-americano Adolph Stern em 1938, o termo borderline significa limítrofe ou fronteiriço em inglês. Na época, foi utilizado para fazer alusão aos pacientes que estavam no limiar entre a psicose e a neurose. No entanto a doença como é conhecida atualmente só foi definida como tal na década de 1980.

Sem origem única estabelecida, o Transtorno de Personalidade Borderline é diagnosticado por meio dos sintomas, que, além dos já citados anteriormente, incluem: sensação de inutilidade, insegurança, automutilação, hostilidade, irritabilidade e comportamento autodestrutivo.

É muito comum que pessoas com TPB sejam taxadas de irritadas, dramáticas, complicadas e imprevisíveis. Entretanto suas atitudes exageradas fogem do seu controle. Com mudanças súbitas de humor, elas vão da alegria à tristeza em instantes.

Alternando momentos de estabilidade com episódios de ira, depressão e ansiedade, o border (apelido usado pelos especialistas) demonstra muita inconstância. Essas crises, que, em grande parte, duram poucas horas, mas podem se estender por dias, são como explosões ocasionadas por pequenos gatilhos, seja uma situação inesperada ou uma frustração.

ÁREAS


Afetando diversas áreas da vida do paciente, a impulsividade, muitas vezes, acaba se manifestando em formas de compulsão, como o gasto excessivo de dinheiro, o uso de substâncias lícitas e ilícitas e até a ingestão de alimentos de forma excessiva. Tudo isso para aliviar o sofrimento, ainda que de forma momentânea. Esse comportamento autodestrutivo chega a ser demonstrado também pelo autoflagelo e até por instintos suicidas.

Pessoas que sofrem com o Transtorno de Personalidade Borderline também não sabem lidar com o êxito. Outra característica é que elas costumam viver paixões avassaladoras, desenvolvendo sentimentos profundos em um período curto de tempo. Idealizam os outros de modo desproporcional, o que acaba gerando decepções na mesma intensidade.

Vivenciando as situações na base do `tudo ou nada’ e do `amor ou ódio’, o border acaba gerando extremo desgaste em seus relacionamentos pessoais, sejam românticos, familiares, profissionais e amizades. Especialistas chegam a comparar o comportamento ao de um adolescente que ainda não amadureceu seu lado afetivo e possui um ego imaturo.

CULPA


O sentimento de culpa e o medo do abandono também são muito presentes nos indivíduos com TPB. Desse modo, é comum que eles tentem evitar ao máximo ser abandonados ou rejeitados, ainda que a situação não seja real. O que os leva a mudarem sua aparência, crenças, valores, empregos ou outros fatores em busca da aprovação das pessoas.

Com suas paranoias e manias de perseguição sem contato com a realidade, os pacientes também costumam sabotar a si mesmos quando estão prestes a alcançar algum objetivo, largando a faculdade pouco antes da graduação, por exemplo, ou dando fim a um relacionamento promissor.

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DESAFIO


Mais de 80 anos se passaram desde que o termo borderline foi usado pela primeira vez e, no entanto, o diagnóstico correto continua sendo um desafio para médicos e especialistas em saúde mental. Estudo feito pela Universidade de Brown, nos Estados Unidos, revela que 40% dos pacientes identificados com o Transtorno de Personalidade Borderline haviam sido mal diagnosticados ou subdiagnosticados anteriormente.

Frequentemente, o TPB é acompanhado de outras comorbidades, como depressão e transtornos de ansiedade. Também é comumente confundido com transtorno bipolar e esquizofrenia. Considerando a importância do diagnóstico correto para um tratamento adequado, é fundamental a consulta com um especialista.

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