O que é transtorno alimentar restritivo/evitativo (TARE) - Sinopsys Editora
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O que é transtorno alimentar restritivo/evitativo (TARE)

O que é transtorno alimentar restritivo/evitativo (TARE)

05 de Agosto de 2022

O transtorno alimentar restritivo/evitativo (TARE) é uma perturbação alimentar (e por perturbação se entende qualquer tipo de dificuldade em lidar com os alimentos) que ocasiona fracasso em satisfazer as necessidades nutricionais apropriadas para a faixa etária.

O TARE é associado à perda de peso significativa, insucesso em obter o ganho de peso esperado, atraso de crescimento em crianças, deficiência nutricional significativa, dependência de alimentação enteral ou suplementos e interferência marcante no funcionamento psicossocial.

O transtorno alimentar restritivo/evitativo é um distúrbio alimentar diferente da bulimia e da anorexia, pois a evitação alimentar existente não envolve preocupação com a imagem e o peso, mas sim dificuldade em conseguir interagir com certos alimentos, o que comumente ocasiona emoções como medo e nojo.

Alguns indivíduos com TARE podem demonstrar dificuldades com as questões sensoriais ou ter receio das experiências com os alimentos; outros podem sentir pouca fome.

O fato de pessoas com transtorno alimentar restritivo/evitativo consumirem quantidades limitadas de alimentos acarreta problemas relacionados não só à saúde física, mas, também, problemas sociais, visto que, muitas vezes, elas não conseguem fazer suas refeições na companhia dos demais.


PREVALÊNCIA



No entanto, muitos adolescentes e adultos também não conseguem desenvolver uma relação saudável com os alimentos e o transtorno alimentar restritivo/evitativo pode se estender ao longo dos anos, de maneira crônica, sendo "normalizado" pelos indivíduos ao criarem estratégias de adaptação ou mesmo por falta de conhecimento.

Pessoas com TARE compõem um grupo bastante heterogêneo, com características de curso do transtorno diferentes, o que muitas vezes dificulta ainda mais os acometidos a se perceberem com a doença e deixa psicólogos com dificuldades em estabelecer um plano de tratamento linear e adequado.


FATORES DE RISCO


O Manual diagnóstico e estatístico de transtornos Mentais (DSM-5) cita três tipos de fatores de risco para o transtorno alimentar restritivo/evitativo.

Um deles são os temperamentais: transtornos de ansiedade, transtorno do espectro autista, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade podem aumentar o risco de TARE ou de comportamento alimentar característico do transtorno.

Já os fatores de risco ambientais incluem ansiedade familiar. Taxas maiores de perturbações alimentares podem ocorrer em filhos de mães com transtornos alimentares.

Por fim, vêm os fatores genéticos e fisiológicos: história de condições gastrintestinais, doença de refluxo gastroesofágico, vômitos e uma gama de problemas médicos são associados a comportamentos alimentares característicos do transtorno alimentar restritivo/evitativo.


FERRAMENTA


Baralho da evitação alimentar: tratando pacientes com transtorno alimentar restritivo/evitativo

No que diz respeito às questões emocionais e comportamentais relativas ao transtorno, é de grande valia o "Baralho da evitação alimentar: tratando pacientes com transtorno alimentar restritivo/evitativo".

Publicada pela Sinopsys Editora e de autoria das psicólogas Ana Carla Gameleira e Lívia Rodrigues, a ferramenta foi criada para suprir uma necessidade na clínica terapêutica, uma vez que as demandas das dificuldades alimentares aumentam a cada dia e as opções de recursos para lidar com tais queixas são escassas.


Com 191 cartas, o baralho engloba todas as fases do tratamento psicológico do transtorno alimentar restritivo/evitativo por meio da terapia cognitivo-comportamental (TCC).

São elas: psicoeducação das emoções mais comuns frente aos alimentos e refeições, percepção dos pensamentos que ajudam e que não ajudam, reestruturação cognitiva, dessensibilização sistemática e percepção da importância dos alimentos para o crescimento e desenvolvimento.

O material tem como público-alvo crianças a partir de quatro anos de idade, adolescentes e adultos com diagnóstico de TARE ou que precisam de ajuda psicológica para limitar o consumo de alimentos não saudáveis, que têm necessidade de mudança de hábitos alimentares, baixo repertório alimentar, medo de comer ou mesmo falta de interesse pelos alimentos.

Baralho da evitação alimentar: tratando pacientes com transtorno alimentar restritivo/evitativo
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Tags

Alimentação, dificuldade alimentar, evitação alimentar, pertubarção alimentar, DSM-5, riscos temperamentais, riscos genéticos/fisiológicos, TARE, transtorno alimentar, transtorno alimentar restritivo/evitativo, TCC, terapia cognitivo-comportamental

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