Quais as terapias indicadas para tratamento de autistas? - Sinopsys Editora
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Quais as terapias indicadas para tratamento de autistas?

Quais as terapias indicadas para tratamento de autistas?

15 de Junho de 2021

O autismo é uma condição de saúde que não pode ser generalizada, pois cada paciente apresenta uma peculiaridade. Por isso mesmo, especialistas preferem se referir ao distúrbio como TEA (Transtorno do Espectro Autista). Tais diferenças resultaram na existência de uma série de terapias indicadas para tratamento de autistas.

A multidisciplinaridade é outra característica importante quando o assunto é o TEA, pois essas terapias indicadas para tratamento de autistas envolvem médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, pedagogos e professores.

Tais intervenções são essenciais para melhorar a comunicação e a concentração de pessoas com TEA. Também são importantes para conter ou substituir as estereotipias problemáticas por outras mais saudáveis. Assim como para ajudá-las a lidarem com as demais possíveis condições associadas, sempre pensando em proporcionar mais qualidade de vida e bem-estar.

ABA

Nesse sentido, uma das principais terapias indicadas para tratamento de autistas na atualidade é a ABA (Análise do Comportamento Aplicada), a intervenção que mais tem se mostrado efetiva.

Utilizada em pacientes com TEA desde a década de 1980, a ABA consiste no ensino intensivo das habilidades necessárias para que indivíduo se torne independente e tenha a melhor qualidade de vida possível. Definida como "aprendizagem sem erro", trabalha, basicamente, o reforço dos comportamentos positivos.

TEACCH


Outro método de ensino largamente utilizado com pessoas que têm TEA é o TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados à Comunicação).

Criado no final da década de 1960 nos Estados Unidos, é adotado por diversos profissionais para trabalhar os problemas relacionados à comunicação e para ensinar habilidades a autistas.

Também é um método comportamental, mas voltado fundamentalmente ao ambiente pedagógico, que deve ter cuidados especiais em relação à organização visual e estrutura.

Entre os objetivos dessa ferramenta, além de habilitar pessoas com autismo a se comportarem de forma tão funcional e independente quanto possível, está a promoção do atendimento adequado também a familiares e outras pessoas que convivem com autistas.

PECS


Ainda na lista de terapias indicadas para tratamento de autistas está o PECS (Sistema de Comunicação por Troca de Imagens). Desenvolvido nos EUA em 1985, foi utilizado pela primeira vez no Delaware Autism Program.

Trata-se de um método de comunicação alternativa para indivíduos que não conseguem falar, mas apontam para figuras como forma de conversação. O material utilizado são cartões com figuras que representam objetos e situações que a criança utiliza para expressar o que quer.

Posteriormente, o sistema passa a ensinar a discriminação de imagens e como as combinar para formar frases. Nas fases mais avançadas, os pacientes são ensinados a responderem perguntas e fazerem comentários.

FONOAUDIOLOGIA


A Fonoaudiologia está entre as terapias fundamentais para ajudar no processo de desenvolvimento da comunicação verbal de pessoas com autismo. Durante as sessões com o fonoaudiólogo, são feitos diversos exercícios, inclusive jogos e brincadeiras, que podem ajudar a criança a aumentar o seu vocabulário e melhorar a entoação da voz.

No caso dos autistas severos e moderados, pode ser necessário utilizar métodos alternativos de comunicação como os PECS. Por isso, a avaliação fonoaudiológica é importante para que se desenvolva um trabalho específico para cada paciente.

FISIOTERAPIA


A Fisioterapia também está entre as terapias indicadas para tratamento de autistas. O fisioterapeuta atua diretamente nas habilidades motoras da pessoa com TEA para desenvolver e aprimorar funções básicas, como andar, sentar, ficar de pé, jogar, rolar, tocar objetos, engatinhar e se locomover de maneira geral.

Outro papel fundamental da Fisioterapia é o fato de que as habilidades aprendidas também vão ajudar na interação da criança com seus colegas, pois, ao ter pleno domínio de suas habilidades motoras, ela será capaz de se envolver em jogos e brincadeiras com mais confiança e segurança.

TERAPIA OCUPACIONAL


A Terapia Ocupacional é outra área do conhecimento voltada ao tratamento de indivíduos portadores de TEA.

Um terapeuta ocupacional infantil busca trabalhar três principais áreas: atividades de vida diária, atividades relacionadas à escola e atividades relacionadas ao brincar. O objetivo é ajudar o autista a se tornar mais independente e melhorar a qualidade de vida em casa e na escola.

Entre as inúmeras habilidades que a TO pode promover, está a de ir ao banheiro, se vestir, escovar os dentes, pentear os cabelos, calçar os sapatos e se alimentar sozinho.

A Terapia Ocupacional também apoia o desenvolvimento da coordenação motora fina necessária para escrever ou cortar com uma tesoura; estimula a coordenação motora ampla e o equilíbrio; e ajuda na percepção de competências, tais como dizer as diferenças entre cores, formas e tamanhos.

MUSICOTERAPIA


A música, por sua vez, ajuda a criança autista a entender as emoções, aumentando sua interação com o mundo à sua volta. O objetivo não é aprender a cantar ou tocar instrumentos.

O mais importante é saber ouvir e se expressar por meio dos sons que esses instrumentos podem produzir e também através de movimentos de dança, por exemplo, num ambiente descontraído.

EQUOTERAPIA


Já a terapia com cavalos é muito útil para melhorar a reação de endireitamento do corpo quando a criança está em cima do animal. Também auxilia na coordenação motora, no controle da respiração e no desenvolvimento da autoconfiança do autista.

MEDICAMENTOS


Embora não existam remédios específicos para tratar e curar a TEA, o médico pode receitar, paralelamente às já citadas terapias indicadas para tratamento de autistas, medicamentos que combatam sintomas que interferem diretamente na qualidade de vida do paciente.

Entre esses sintomas, estão agressividade, hiperatividade, compulsividade, dificuldade para lidar com a frustração, ansiedade, depressão e alterações do sono.

ALIMENTAÇÃO


É importante que a alimentação da criança com TEA seja diversificada e rica em vitaminas e minerais que garantam seu crescimento saudável. Isso porque é muito comum que o autista tenha alterações nos hábitos alimentares, podendo recusar a comida pela textura, sabor ou cheiro com mais frequência.
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Tags

Autismo, Transtorno do Espectro Autista, TEA, Análise do Comportamento Aplicada, Applied Behavior Analysis, ABA

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