Setembro Amarelo e a prevenção do suicídio. - Sinopsys Editora
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Setembro Amarelo e a prevenção do suicídio

Setembro Amarelo e a prevenção do suicídio

09 de Setembro de 2021


O Setembro Amarelo tem como principal objetivo a conscientização para a prevenção do suicídio, buscando alertar a sociedade como um todo a respeito da realidade desse problema de saúde pública no Brasil e no mundo e ampliando os debates sobre o tema. Ao logo do mês, diversas ações de sensibilização são realizadas e monumentos e prédios são iluminados com a cor pelo País.

A campanha nacional ocorre desde 2015 incentivada, especialmente, pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e Centro de Valorização da Vida (CVV). Vai ao encontro da iniciativa mundial da Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que, em 2003, instituíram o 10 de setembro como Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Conforme dados divulgados pela ABP e pelo CFM, o suicídio aparece entre as 20 principais causas de morte de pessoas no planeta, sendo cerca de dez mil casos no Brasil e mais de um milhão no mundo. Toda vida perdida representa um ente querido, seja parceiro, pai, filho, outro familiar, amigo ou colega, e, consequentemente, milhões de pessoas afetadas pelo sofrimento.

DEFINIÇÃO


O suicídio é definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal.

Também fazem parte dos chamados comportamentos suicidas os pensamentos, os planos e as tentativas de tirar a própria vida.

Uma pequena proporção dos comportamentos suicidas chega ao conhecimento da população. Segundo números da ABP e do CFM, 17% dos brasileiros pensaram, em algum momento, em tirar a própria vida. Outros 5% planejaram suicídio, 3% tentaram e 1% foi atendido em prontos-socorros.

FATORES


O suicídio é resultante de uma complexa interação de agentes psicológicos, biológicos, genéticos, culturais e socioambientais.

Sendo assim, significa o desfecho de uma série de fatores que se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser relacionado de forma causal e simplista apenas a determinados acontecimentos pontuais da vida do sujeito. É, portanto, a consequência final de um processo.

De acordo com os dados da cartilha `Informando para prevenir’ da ABP e do CFM, 96,8% dos casos de suicídio registrados estão associados com histórico de transtornos mentais, como depressão e bipolaridade, que podem ser tratados. Entretanto 50% a 60% dos indivíduos que tiraram a própria vida nunca consultaram um profissional de saúde mental ao longo da vida.

Justamente pela possibilidade de prevenção é que se destaca a importância de falar sobre suicídio e de acabar com os estigmas que ainda existem em torno do assunto e que podem impedir a detecção precoce do problema.

Tais tabus, que consideram o suicídio uma espécie de fraqueza de conduta ou personalidade, assim como a falta de conhecimento e a ideia errônea de que o comportamento suicida não é frequente, condicionam barreiras para evitá-lo.

ORIENTAÇÃO


A prevenção do suicídio, portanto, não se limita à rede de saúde, sendo necessária a existência de medidas em diversos âmbitos na sociedade que podem colaborar para a diminuição das taxas. A começar pela informação correta direcionada à população.

O reconhecimento dos fatores de risco e dos fatores protetores é fundamental e pode ajudar. Entre eles, constam: transtornos mentais, suicídio na família, tentativa prévia, alta recente de internação psiquiátrica, abuso sexual na infância, isolamento social, impulsividade, agressividade e doenças incapacitantes.

Já entre os fatores que podem atuar como proteção para o suicídio, constam: ausência de doença mental, autoestima elevada, bom suporte familiar, capacidade de adaptação positiva, capacidade de resolução de problemas, estar empregado, laços sociais bem-estabelecidos com familiares e amigos, ter sentido existencial, senso de responsabilidade com a família e relação terapêutica positiva.

Portanto, para a prevenção do suicídio, várias medidas podem ser tomadas para aumentar os fatores de proteção e diminuir os de risco. São elas: aumentar contato com familiares e amigos, buscar e seguir tratamento adequado para transtorno mental, envolvimento em atividades espirituais, iniciar atividades prazerosas ou que tenham significado, reduzir ou evitar o uso de álcool e outras drogas.

AJUDA


É importante que as pessoas que estejam passando por momentos de crise - ou conhecem alguém que esteja - busquem ajuda. O ideal é um acompanhamento de um profissional da saúde mental, além do apoio da família e dos amigos, pois é essencial que consigam falar sobre o que sentem.

O CVV também está disponível a indivíduos com ideação suicida. É um projeto que fornece apoio emocional e prevenção do suicídio.

Por meio do telefone (188), e-mail e chat 24 horas todos os dias da semana, disponibiliza atendimento gratuito, voluntário e sigiloso a quem precisa conversar. O site do CVV é www.cvv.org.br.

Saiba mais sobre a campanha Setembro Amarelo nos sites www.setembroamarelo.com e www.setembroamarelo.org.br.

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Tags

Setembro Amarelo, Prevenção, Comportamentos suicidas, Suicídio, CVV, Apoio, Terapia.

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