Importância da nutrição equilibrada na infância

A importância da nutrição equilibrada durante a fase de desenvolvimento da criança tem sido cada vez mais assunto de estudos, que vêm comprovando diversos benefícios para as funções motoras e cognitivas, além das contribuições para a saúde e qualidade de vida dos pequenos.

Até os seis meses de vida, o recomendado é que o bebê seja alimentado exclusivamente pelo leite materno. Atendendo a todas as necessidades nutricionais da criança, ele previne ou diminui a chance de uma série de patologias infecciosas, como meningite bacteriana, diarreia, alergias alimentares e infecção do trato urinário. Também reduz o risco futuro de doenças como obesidade.

O aleitamento materno ainda colabora no desenvolvimento neurológico e fortalece os músculos da boca e da face, o que evita problemas de fala, respiração, mastigação e deglutição. Além disso, melhora o vínculo da mãe e do bebê.

A partir dos seis meses de vida, a criança deve começar a ingestão de alimentos complementares, como papinhas, pedaços de frutas, evoluindo aos poucos tanto em textura quanto tamanhos, conforme a idade vai aumentando.

Eles devem ser ricos em nutrientes como zinco, cálcio, ferro, vitaminas e ácido fólico. Encontrado em vegetais verdes escuros, lentilha, feijões e ovos, o ácido fólico (vitamina B9), por exemplo, colabora na formação das estruturas do sistema nervoso (tubo neural) e do corpo (DNA e RNA).

A nutrição equilibrada na infância também inclui os carboidratos, considerados por muitos como "vilões" da alimentação saudável. Embora seu consumo em excesso deva ser evitado, eles são o principal combustível de energia para o cérebro infantil e estão presentes em tubérculos, grãos, raízes e farinhas integrais.

Por outro lado, o baixo consumo dos nutrientes essenciais pode trazer diversos prejuízos para as crianças, como dificuldade de concentração, de coordenação motora e falta de energia.

Pesquisas evidenciam que o desequilíbrio nutricional pode afetar o desenvolvimento psicossocial, contribuindo para casos de autismo, hiperatividade, depressão e ansiedade. E, até mesmo, gerar problema no rendimento escolar das crianças. Açúcares e gorduras em excesso também podem ser prejudiciais.

Entre os motivos que podem levar ao desequilíbrio nutricional na infância, está o transtorno alimentar restritivo/evitativo (TARE).

Na presença do TARE, a nutrição das crianças se torna incompleta e o melhor prognóstico está associado à intervenção precoce de profissionais especializados.

Uma das abordagens terapêuticas que têm se mostrado eficazes no tratamento do transtorno alimentar restritivo/evitativo é a terapia cognitivo-comportamental (TCC).

E para auxiliar os terapeutas da TCC no tratamento de pacientes com TARE, o "Baralho da evitação alimentar: tratando pacientes com transtorno alimentar restritivo/evitativo" é de grande valia.

Publicada pela Sinopsys Editora e de autoria das psicólogas Ana Carla Gameleira e Lívia Rodrigues, a ferramenta engloba todas as fases do tratamento por meio da abordagem.

São elas: psicoeducação das emoções mais comuns frente aos alimentos e refeições, percepção dos pensamentos que ajudam e que não ajudam, reestruturação cognitiva, dessensibilização sistemática e percepção da importância dos alimentos para o crescimento e desenvolvimento.

O material tem como público-alvo crianças a partir de quatro anos de idade, adolescentes e adultos com diagnóstico de TARE ou que precisam de ajuda psicológica para limitar o consumo de alimentos não saudáveis, que têm necessidade de mudança de hábitos alimentares, baixo repertório alimentar, medo de comer ou mesmo falta de interesse pelos alimentos.